Dan Rather, último âncora clássico da TV e primeiro jornalista a ser desmascarado pelo poder da publicação pessoal e da mobilização na internet, perdeu em primeira instância a causa milionária que movia contra seu empregador por mais de 50 anos, a rede CBS. Vai recorrer.
Ele é a pessoa por trás da reportagem de 2004, que dava conta de uma gazeteada do então garotão George Walker Bush no serviço militar. A matéria tinha por base memorandos de um superior do menino Bush condenando e, ao mesmo tempo, compreendendo a maracutaia.
Internautas comprovaram que os documentos, batidos a máquina, eram incompatível com os espaçamentos e entrelinhas existentes na época da suposta dispensa do exército do ex-presidente _que, daquela forma, se viu livre de combater no Vietnã.
Rather caiu em desgraça, ganhou um cargo figurativo como repórter investigativo que não tinha pautas e acabou se demitindo em 2006. À Justiça, pediu US$ 70 milhões de indenização da CBS por danos morais.
“Objetivamente, o caso acabou”, festejou Louis J. Briskman, o “advogado-geral” da emissora americana.
Rather já tinha acabado faz tempo.