“Nós somos a mosca na sopa” já dizíamos tantos jornalistas muito antes da campanha publicitária da Folha. Por motivos óbvios, eu parei.
Mas como é bom ver a reação dos que tiveram a sopa estragada por nossa vigilância. Hugo Jenefes, conselheiro do tribunal de contas da província argentina do Chaco, perdeu a compostura diante de matéria dando conta que permitiu, ao arrepio da lei, o funcionamento de uma creche estatal.
“Tem que fazer como dizia o general Juan Domingo Perón: ou todos os jornalistas são funcionários do estado, ou que sejam postos numa canoa e atirados no meio do rio”, disse Jenefes. Que depois contemporizou. “Venho de uma família de jornalistas e tenho vários amigos jornalistas. Jamais diria que é necessário matá-los”.
Mais uma sopa quentinha e gostosa jogada no lixo. Ponto pra gente.
Jornalista bom é jornalista afogado na sopa! hehehe, muito bom!
Mas infelzimente, a declaração do general Juan Domingo Perón está mesmo se tornando realidade aqui na América do sul, incluindo o Brasil.
Pois é, semana passada a SIP falou disso em reunião em Caracas. Na verdade, México e Venezuela são hoje os países mais perigosos para o trabalho dos jornalistas.
Um absurdo completo mesmo!
Ruim é quando jornalistas se valem dessa vigilância para divulgar boatos e fatos ainda incertos… creio que a Escola Base é um exemplo em cursos de Jornalismo de todo Brasil. Mas, de resto, temos que infernizar mesmo a vida de quem merece.
Allysson, o problema no caso da Escola Base, concretamente, foi a confiança cega em fontes oficiais. A polícia apontou os culpados durante a etapa de investigação, e assim foi comprado pela imprensa.
Aliás, em breve trarei ao Webmanario uma conversa com um dos poucos que não caíram nessa tentação.
abs
Aguardando então, pois como não sou da área realmente fico curiosa a respeito.
Abraços!
Que continuem com esse trabalho. O “meio do rio” virá de qualquer forma… Avante com o estrago na sopa!
Eu complemento com uma definição esplendorosa feita, se não me engano, pelo Nelson Rodrigues:
“Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados”.
rs