Arquivo do mês: março 2014

Chris Cross, do Guardian, faz palestra nesta quarta na Faap

Nesta quarta-feira (2/4), a partir das 19h, vamos receber no Centro de Convenções da Faap o designer de interação do jornal inglês The Guardian, Chris Cross. A entrada é gratuita e, para se inscrever, basta clicar aqui.

Cross vai falar sobre visualização de dados e exibir trabalhos relacionados ao tema – fortemente convergente com os conteúdos da pós em Comunicação Multimídia e do curso de extensão em Comunicação em Dados que a própria Faap oferece – e que estão com inscrições abertas.

O Facebook vai à guerra

Um serviço que não precisa de publicidade. Quantas vezes pensamos isso sobre o Facebook, que acaba de lançar uma nova campanha on-line.

A internet patrocinada

Excelente artigo que analisa o risco do acesso patrocinado à web, como o que une operadoras de telefonia e o Facebook.

O bar da Rádio Itatiaia

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Principal rádio de Minas Gerais, a Itatiaia abriu um bar em Belo Horizonte que vai reunir, além do acervo da emissora, um estúdio-palco de onde serão transmitidos seus principais programas. O local ainda abrigará cursos e eventos especiais com capacidade para 250 pessoas.

Um telão de 4 m de largura por 2,5 m de altura receberá os torcedores em dias de transmissões – obviamente com a Itatiaia como “trilha sonora”, um ganho institucional para a emissora e, claro, para os anunciantes.

Ainda no mês passado comentei aqui sobre o Libération, cujos acionistas pretendiam dar mais vida à redação criando um espaço de uso coletivo onde as pessoas pudessem encontrar os jornalistas e, também, trazer mais valor à marca do veículo (a redação rechaçou a proposta categoricamente).

O The Guardian possui um café, e o jornal alemão Taz, pioneiro nesse tipo de iniciativa, também.

A exploração de vínculos sociais pode não ser uma tendência apenas no que se refere à virtualidade. E todo mundo tem a ganhar com ela.

A pátria das mentiras

Quer começar uma conspiração ou distribuir mentiras? Corra para o Facebook.

A mídia e os donos da mídia

Mestre Elio Gaspari publicou de maneira discreta.

“O altíssimo comissariado tem duas esperanças e uma expectativa. A primeira esperança é de que algum grande órgão de imprensa vá para o mercado. A segunda é de que se consiga reunir um grupo de empresários-companheiros com verdadeiro peso, associados a nomes de prestígio. A expectativa é de que se possam organizar operações triangulares de crédito de bancos oficiais capazes de equilibrar a conta e dar a devida compensação ao prestígio. A ideia não é nova. Num caso exemplar, pôs a pique o “Correio da Manhã”.”

Trata-se de uma evolução das conversas que revelei aqui no ano passado.

E o pior: o tal “grande órgão de imprensa” está praticamente batendo na porta.

O mundo digital em 2025

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O que será do digital no futuro? O Pew ouviu mais de 2 mil especialistas em tecnologia para tentar antecipar sobre o que falaremos em 2025.

“Übernet”, realidade aumentada, internet das coisas… Claro que, no conceitual geral, não estamos muito distantes do que foi descrito. Porém, como sempre nesses casos, é um documento para guardar – e se divertir – com passos mais longos do que a perna imaginados pelos entrevistados.

#pegabem?

Disclaimer: é só um exemplo, a anos-luz de distância de querer demonizar campanhas e profissionais.

Você certamente percebeu que a operadora de telefonia Vivo, como tantas outras empresas antes e também agora, de todos os setores, apostou numa hashtag para alavancar maciça ação de comunicação.

Pouca coisa resume melhor a vida on-line do que a hashtag, etiqueta criada por usuários do Twitter sem que alguém tivesse pedido. Simplesmente assim, surgiu. E é assim o mundo em rede, onde governos, empresas e pessoas têm acesso às mesmas ferramentas – nesse cenário, o controle será sempre das pessoas.

Isso um.

Dois, e recorro aqui novamente à lapidar frase de Nizan Guanaes: “Na época da comunicação total, a verdade tornou-se a maior arma de persuasão em massa.”

Pois bem: a Vivo, unilateralmente, decidiu que #pegabem. Só que não é exatamente verdade, e quem conhece a precariedade da rede de telefonia nacional sabe bem do que estou falando. Assim, tentar impor às pessoas o uso de uma hashtag só poderia dar nisso: #pegabem, na rede, virou um mote para ironizar a empresa.

Não é apenas a Vivo. Há dois anos, numa cobertura de Carnaval, a operação jornalística das Organizações Globo na internet decidiu que as pessoas deveriam usar a hashtag #globeleza não para interagir com a emissora (como, posteriormente, corretamente a rota foi alterada), mas para bombar sua programação. Resultado: só fisgou o desavisado tenista Gustavo Kuerten.

A abundância do uso de hashtags pelo marketing e pela publicidade, um fato, é muito perigosa para quem trabalha com comunicação. Não mande as pessoas fazerem aquilo que elas não estão dispostas. Muito menos num lugar tão democrático quanto o ambiente on-line.

Vida real e o mundo do MEC

O Ministério da Educação acaba de concretizar mais uma trapalhada: a partir de agora, o curso de jornalismo não pode mais ser oferecido como uma habilitação de comunicação, mas apenas como curso independente.

A segregação não tem muito alcance prático além da inevitável detecção de que estamos tratando com gente que não sabe o que acontece na vida real. Pois estamos vivenciando justamente um momento em que todas as disciplinas da comunicação (além do jornalismo, publicidade, marketing e relações públicas) caminham para a convergência e, no mercado, há clara demanda por profissionais habilitados nessas especialidades.

A decisão do MEC de isolar o jornalismo dificulta a tentativa de propor (mais) uma reformulação curricular, em nível de graduação, que possa abranger essa convergência.

Mas abnegados, como eu, seguirão firme nesse caminho e com essa disposição.

Notícias sobre a segurança na internet

O assunto segurança na rede é espinhoso porque há pouco (ou nada) disponível sem viés – via de regra, as informações sobre o assunto circulam de acordo com o interesse dos grandes fabricantes de antivírus e defesa de sistema.

Nesse sentido, bom saber que o repórter Brian Krebs está fazendo a sua parte: ele assina um blog que já se tornou referência. Por causa da página, aliás, o cara éalvo constante de cibercriminosos.