Pintou a mais sombria previsão para o futuro do jornal impresso: o Financial Times está intensificando sua presença on-line porque acredita que o papel não irá além de 2015.
O motivo, claro, são altos custos que o processo industrial de um produto jornalístico impresso exige. Em tempos de vacas magras, já há editores considerando um absurdo a quantidade de dinheiro e tempo que se dispende numa operação dessa.
O planejamento do Financial Times encontra eco em outras publicações importantes, como relata o Paid Content (ótimo site que cobre a indústria do conteúdo). O texto lembra um caso emblemático do Guardian, que quando adquiriu uma nova rotativa, em 2005, anunciou que seria a última (ela tem uma vida útil aproximada de 20 anos).
Previsões sobre o futuro do jornal impresso pululam, mas talvez a mais famosa (que nem sequer era uma previsão, mas uma elocubração) é a do mestre Philip Meyer, que em seu livro “Os Jornais podem Desaparecer?” refletiu que, talvez, a última edição impressa de um veículo jornalístico chegaria à soleira da porta da casa do último leitor no primeiro trimestre de 2043.
De minha parte, sigo com a convicção de que o jornal não vai acabar. Ele cada vez mais deixará de ser um produto de massa para atender um público bem específico, que continuará pagando para receber notícias impressas todos os dias.
ATUALIZAÇÃO: Importante, o Thiago Araújo, aí nos comentários, avisa que houve um pronto desmentido sobre a sombria previsão.