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Ferramentas para ensinar a combater fake news

Imperdível: curadoria mundial feita pela plataforma argentina Chequeado coloca no ar hoje, Dia Internacional do Fact-Checking, o acesso a cerca de 200 atividades (vídeos e planos de aula entre elas) para ajudar professores a ensinar seus alunos a chegar à verdade dos fatos, desmascarando boatos e fake news. Em português o conteúdo está a cargo da Agência Lupa.

Repito: imperdível.

Como usar a bolha do Facebook a seu favor

Muito já se falou (inclusive aqui) sobre a circulação de notícias falsas nas redes sociais e até que ponto elas podem ter beneficiado o republicano Donald Trump, enfim eleito presidente dos Estados Unidos. Agora vale a pena tentar entender um pouco também o lado do bem – que tipo de estratégia digital colaborou para o triunfo de Trump?

A mais importante delas é ultraóbvia: se o Facebook é uma bolha que faz com que seus conteúdos dificilmente atinjam grupos fora da turma de apoiadores, qual a melhor maneira de otimizar essa característica do que pensar na rede quase que exclusivamente como um canal para amealhar doações?

Pois foi isso que Brad Parscale, estrategista digital da campanha, imaginou. Usou os US$ 90 milhões dedicados por Trump para essa rubrica em busca de contribuições – e portanto usando o digital como ferramenta, não apenas como plataforma. Cerca de US$ 250 milhões chegaram à campanha por essa via.

“Ganhamos a eleição por causa do Facebook e do Twitter. O Twitter por Trump e o Facebook pelas doações”, disse Parscale à Wired, mencionando a incontinência verbal que o republicano demonstrou (e ainda demonstra) no microblog.

Além do uso do Facebook como um canal de publicidade, a estratégia explorou como nunca a incrível capacidade de personalização de anúncios dentro do site – algo ainda proibido nas campanhas eleitorais brasileiras.

Em média, relata Parscale, cerca de 50 mil variações diferentes de uma única peça foram testadas por dia – uso ou não de legendas, imagem estática ou vídeo, idade, gênero e localização do receptor, entre outras diferenças sutis. Os números são difíceis de acreditar até ele te contar que no dia do debate presidencial foram 175 mil possibilidades testadas com os mais variados públicos em anúncios dentro do Facebook.

Enquanto Hillary gastava mais de US$ 200 milhões em comerciais de TV na reta final da campanha, o laboratório de Parscale produzia milhares de opções de conteúdos que recebiam investimento variado no Facebook e toda sorte de configuração de entrega.

É uma história para onde devemos olhar se quisermos entender todos os meandros daquele que muitos consideraram como um resultado surpreendente.

A propósito: até mesmo na face visível do trabalho em mídia social, o engajamento, Trump deu de goleada.

O governo como plataforma

Um governo como plataforma – única e centrada nas necessidades do usuário.

É essa a proposta do Reino Unido, cujo projeto Gov.uk está evoluindo a passos largos e olhos vistos baseado num grande banco de dados unificado e design minimalista que basicamente funciona por meio de busca.

É um exemplo simples e prático do que significa serviço digital.

Prazer, newsletter

Agora preste atenção nesta notícia:

“A Folha passa a oferecer um serviço gratuito de envio por e-mail das principais notícias do dia.

Para inscrever-se no serviço, basta incluir seu e-mail no campo “receba nossa newsletter”, que aparece nas páginas do site da Folha.

A newsletter é enviada de madrugada com chamadas para os principais destaques do jornal naquele dia.

O jornal tem também newsletter em inglês e espanhol, que podem ser acessadas nas páginas da Folha Internacional.”

Estou absolutamente sem palavras: estamos praticamente em 2015 e o maior jornal brasileiro passa a oferecer um serviço que nasceu praticamente junto com a internet comercial, em 1995.

Não deixa de ser, veja bem, um reconhecimento à eficácia do e-mail – cuja morte é decretada dia sim e no outro também e, no final das contas, continua cumpridor.

Antes tarde do que nunca?

 

Jornalismo para tablets

Organizado por Rita Paulino e Vivian Rodrigues, o livro “Jornalismo para tablets: pesquisa e prática” reúne 11 artigos acadêmicos que discutem a mais recente plataforma de distribuição de conteúdo.

Que seja eterna enquanto dure.

Antes tarde do que nunca

Com anos de atraso, a Time (que inventou a revista semanal como a conhecemos hoje) está fazendo uma convergência em sua redação, fazendo com que todos os jornalistas da casa trabalhem para todas as plataformas.

Ainda é a principal dificuldade das fusões de redações: a compreensão, por parte dos jornalistas, que nossa produção independe do suporte.

No caso da Time, que recentemente demitiu 500 pessoas (ou 6% de sua força de trabalho), as mudanças se fazem mais do que necessárias.

A moda do paywall

O paywall será o grande personagem do jornalismo em outras plataformas (que não a impressa) em 2013. Até o Politico, projeto pioneiro sem fins lucrativos nos EUA, vai testar o modelo.

Ressuscitado num movimento exponencial de jornalões como The New York Times e Folha de S.Paulo, a cobrança por conteúdo web e móvel tem dado sinais auspiciosos de que seus críticos (entre os quais me incluo com orgulho) provavelmente se equivocaram.

Paul Gillin discorre mais sobre o tema num texto obrigatório para quem tenta entender a mudança do ecossistema informativo.

O novo negócio do cara do Twitter

Evan Williams, um dos criadores do Twitter, agora está à frente de um novo projeto: o Medium, plataforma colaborativa de compartilhamento de conteúdo (“maior do que 140 caracteres”, como diz sua apresentação).

A Wired abordou recentemente a iniciativa. Veremos no que vai dar.

Palmas para o Twitter

O Twitter fará seis anos em 2012 (foi criado em março de 2006), mas só explodiria mesmo um ano após lançado.

É por isso que e-book recém publicado na Colômbia festeja os cinco anos “da ferramenta que virou plataforma” e mudaria a maneira como nos relacionamos a rede.

A obra é de autoria de Bárbara Pavan, Elías Notario, Juan Jesús Velasco, Inti Acevedo, Miguel Jorge, Carlos Rebato, Eduardo Arcos e Marilín Gonzalo, que organizou a publicação.

De toda forma, o momento do Twitter agora é de reflexão: todo mundo já descobriu que ele infla demais seu sucesso (os alegados 100 milhões de usuários seriam muito, muito menos) e que precisa verdadeiramente de uma novidade para sair da estagnação.

É o desafio de 2012.

Monomídia, rádio conquista audiência em 2011

Números do Ibope (adiantados nesta semana pela revista Veja) dão conta de que o rádio ganhou uma sobrevida no país: aumentou a audiência do veículo em São Paulo, Belo Horizonte e Brasília, enquanto no Rio, se ela não cresceu, ao menos não caiu.

O dado é interessante, mas simbólico: a audiência do rádio, hoje, não está só “com o ouvido colado” no receptor, mas também na internet, uma plataforma que oferece às emissoras muito mais do que a monomídia do áudio.

E são poucas as rádios que perceberam ter o poder de fazer jornal, TV e jornalismo on-line para captar a atenção deste novo público que usa seus dispositivos (como o celular) também para ouvir rádio.

Taí uma belíssima velha nova fronteira.