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O governo como plataforma

Um governo como plataforma – única e centrada nas necessidades do usuário.

É essa a proposta do Reino Unido, cujo projeto Gov.uk está evoluindo a passos largos e olhos vistos baseado num grande banco de dados unificado e design minimalista que basicamente funciona por meio de busca.

É um exemplo simples e prático do que significa serviço digital.

E o Google avança…

O Google avança rumo ao faturamento dos classificados locais. Mas há algumas saídas para retardar esse processo.

As coisas que o Google não sabe

“O Google sabe tudo”.

Não, não sabe. A ponto de seu projetista-chefe de buscas, John Wiley, revelar que todos os dias pelo menos 500 milhões de coisas que o algoritmo não estava pronto para buscar são demandadas pelos usuários.

Técnicas de busca no Google

Essa ‘disciplina’ meu mestre Ramón Salaverría já dava há milênios, mas nunca é demais saber se há novos macetes para turbinar o fantástico buscador.

Nos tempos em que o Google era um jornal impresso…


Se é que existe alguém no mundo que não tenha feito uma busca no Google ontem, deixo registrado o vídeo no “doodle” (o cabeçalho da minimalista _e por isso bem-sucedida_ ferramenta de busca) que celebrou o 122º aniversário de Charles Chaplin, no sábado.

Claro que o jornal impresso chamado Google foi o momento que mais gostei…

A importância de figurar nos primeiros resultados da busca do Google

Estudo conduzido por Daniel Ruby, da consultoria Chitika, finalmente deu dimensão ao que já se sabia: a importância de figurar nas primeiras posições da busca no Google.

O levantamento mostra que 34% de todo o tráfego do site vem do primeiro resultado da pesquisa, praticamente o dobro do registrado no segundo. Isto é, mais de 50% da audiência do Google acontece porque as pessoas clicam no primeiro e segundo resultados de uma busca.

Daí dá para entender perfeitamente porque empresas como a J.C.Penney trapaceiam para ter uma melhor posição no site.

Como o Google funciona?

Um interessante gráfico sobre a indexação (e outras cositas más) do principal mecanismo de busca, às vezes tratado até como se fosse o único.

Previsões para 2010: o ano em que cobraremos por conteúdo

2010 será, finalmente, o ano em que cobraremos por conteúdo?

Para alguns magnatas de mídia, certamente. A cruzada pelo pagamento por consumo de notícias, como se notícia fosse, por exemplo, música, move os últimos anos da vida de Rupert Murdoch _que rompeu com o Google e, mediante um acordo com o Bing, não vai sumir totalmente das máquinas de busca.

Richard Pérez-Peña faz, no NYT, uma análise coerente da escalada de acontecimentos que levou à drástica decisão de setores do mainstream (como o próprio NYT) a dar um tiro no pé e passar a cobrar pelo que os internautas sempre tiveram (e terão) de graça.

A constatação de especialistas ouvidos na matéria do NYT casa com a percepção geral de que conteúdo muito específico, como o econômico, o único que as pessoas não querem compartilhar, ou de nicho são capazes de prosperar num ambiente de payperview. Sites noticiosos generalistas, porém, dificilmente poderão se manter se adotarem a proteção do paredão pago.

Minha única dúvida é saber quanto vai custar, para a grande mídia, cobrar por conteúdo jornalístico. Será bem caro e sugere, de antemão, que haverá passo atrás.

É pagar pra ver.

Duas coisas realmente novas no webjornalismo nacional

A home page da ESPN Brasil: a busca é a rainha

A home page da ESPN Brasil: a busca é a rainha

Tenho falado isso reiteradamente em aulas, palestras e eventos, mas só agora me dei conta de que nunca publiquei aqui: duas experiências ótimas que estão em curso em sites brasileiros e que, verdadeiramente, representam um oásis na paisagem de mesmice das páginas noticiosas da web nacional.

Foi minha colega Daniela Bertocchi quem me chamou a atenção, há meses, para essas “inovações” _as aspas se justificam porque não são grandes descobertas, mas em se tratando de Brasil, são boas iniciativas.

São duas home pages. A primeira, da ESPN Brasil, que conseguiu se livrar da amarra da página inicial manchetada e cheia de texto e, valorizando acima de tudo a busca _que é a forma como as pessoas navegam na internet, se você ainda não percebeu isso_, apresenta um visual limpo e, ao mesmo tempo, bastante gráfico (as chamadas são fotos, repare).

A outra coisa bacana, e que já está no ar há tempos, é a capa do caderno Link, de O Estado de S.Paulo, que destaca antes de qualquer outra notícia uma nuvem de tags _aqui questiono apenas a escolha das palavras-chave, uma das atribuições do jornalista atual, que poderia ser mais refinada.

Estes dois assuntos estiveram na pauta da visita que fiz, nesta semana, aos alunos do sexto semestre da PUC de Campinas, a convite do “duplo colega” (como ele bem próprio definiu) Edson Rossi, o professor da turma e comandante do Boeing chamado portal Terra.

Na visita, aconteceram algumas coisas extraordinárias.

Pela primeira vez fui confrontado, pelos estudantes, com textos que escrevi aqui no Webmanario. Isso deu um outro caminho à discussão que, como sempre, tratava da importância da conversação com o público para a manutenção de um jornalismo moderno e saudável.

Houve diálogo e troca de impressões e insights _exatamente como eu, e tanta gente, sugere ao ainda arrogante e retrógrado jornalismo profissional praticado hoje.

A conversa começou justamente exibindo a imagem de um ferido nos atentados de Madrid-2004 (como você pode conferir nos slides do papo) checando seu celular, a plataforma do presente (e do futuro) para quem, como a gente, trabalha com distribuição de conteúdo.

Falamos da crise dos jornais e de Alan Mutter, que detectou a “quebra” da circulação dos jornais quando a penetração de banda larga residencial num país atinge 30%, um assunto em que os alunos de Rossi mostraram estar bastante bem informados.

Foi mais uma chance incrível de trocar experiências.

Espero voltar em breve a Campinas e ao agradável campus da PUC.

A home do Link, canal (e caderno impresso) de tecnologia do Estadão: bom exemplo de navegação temática e comandada pelo público

A home do Link, canal (e caderno impresso) de tecnologia do Estadão: bom exemplo de navegação temática e comandada pelo público

A tirania do texto na internet

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Tenho conversado bastante, com o jornalista e professor Alberto Cairo, sobre o que ele denomina de “tirania do texto” nas narrativas jornalísticas na internet. É fato: são pouquíssimas as iniciativas que apostam em outras peças do jogo para contruir um relato noticioso.

Nós, jornalistas, parecemos ter um pouco de medo de nos livrarmos dos caracteres que decifram uma história jornalística. Provável sinal de que ainda não estamos seguros ao usar recursos visuais como o vídeo e infografias. Tirando as exceções de praxe, somos conservadores. Demais.

Mas Michael Gold, da editora que publica, entre outras, a revista PC World, tem uma visão bastante específica sobre o assunto. E coloca o texto acima de tudo. Segundo ele, a audiência é “preguiçosa, egoísta e impiedosa”. Gold cita um dado impressionante da navegação em home pages: que ela não passa de 30 segundos por usuário até o próximo clique. É nosso público querendo chegar o mais rápido possível ao ponto que lhe interessa.

Para isso, o texto é fundamental. E o argumento se baseia na busca, feita por palavras. E a busca é o principal acesso a tudo na internet hoje.

Num vídeo muito curto (menos de dois minutos), ele mostra algumas opções para satisfazer a essa audiência. Como usar títulos em no máximo 65 caracteres, e imagens menos pesadas nas páginas (evidentemente para acelerar o acesso ao conteúdo).

É aquela história: nada é certo ou errado. Tudo pode ser usado num determinado momento. Eu sou um dos defensores do jornalismo visual e de novas experimentações. Mas é inegável a clareza e objetividade que o (bom) texto podem proporcionar aos nosso clientes.