Arquivo do mês: agosto 2010

Os piores defeitos dos jornalistas

Circula na web uma lista com os 22 piores defeitos do jornalista.

Tem bobagens, mas bastante coisa pertinente…

A celebração do álcool

New York Times Co./Hulton Archive
Eu certamente estaria nesse evento: é a festa pelo fim da Lei Seca nos Estados Unidos, que tornou crime a venda, fabricação e importação de álcool (por quase 14 anos, creia).

Nova York, 5 de dezembro de 1933. Eu seria aquele cara com o chapéu ao alto ali no canto esquerdo.

E a lei, ora a lei, conseguiu estimular apenas a corrupção e contrabando.

Quando dois concorrentes se complementam

Aconteceu na sexta-feira: tema de editorial da Folha de S.Paulo foi simultaneamente matéria em seu principal concorrente, O Estado de S.Paulo.

A Folha criticou a proibição de acesso público aos processos nos quais Dilma Rousseff foi ré durante a ditadura.

Exemplificou com o caso americano, onde candidatos (seja a qual cargo for) estão expostos a todo tipo de escrutínio e muitas vezes abrem espontaneamente seus arquivos pessoais. É cultural e considerado normal.

Ao mesmo tempo, Patricia Campos Mello, no Estadão, detalhou como funciona essa devassa consentida nas vidas dos postulantes a cargos públicos.

Uma feliz complementação.

A socialização de conteúdo

Muito (praticamente tudo) do que consta nesta apresentação de Sérgio Lüdtke eu chancelo.

“A importância das mídias sociais para o jornalismo, otimização dos sites para facilitar o compartilhamento de conteúdos e o que está mudando na forma como acessamos informações”, é o resumo da conversa do editor da revista Época.

Mesmo sem sua presença (indispensável, aliás), pelos slides dá para ter uma boa ideia do que ele (e eu) estamos pregando há um bom tempo.

Conheça os brasileiros que mais leem jornais

Porto Alegre, Rio de Janeiro e Belo Horizonte são as capitais brasileiras onde mais se lê jornal.

É o que diz pesquisa do Ibope Mídia.

Nas três cidades há jornais de baixo custo (Diário Gaúcho, Meia Hora e Supernotícia) que comandam a circulação ou dão trabalho na medição de “exemplares vendidos”.

É uma indicação de um provável modelo para países emergentes.

O jornalismo debatido e construído com os leitores

“A audiência também produz conteúdo e o distribui de forma muito mais eficaz e influente que qualquer outro jornalista”.

Quem fala isso é um jornalista, Jean-Francois Fogel, pioneiro do jornalão francês Le Monde na internet.

Pra gente parar de achar que é uma “bobagem” o diálogo redação-leitor via redes sociais _principalmente, mas carta e telefone ainda são válidos, apesar de mais demorados.

Felizmente estou na linha de frente de ótimos experimentos práticos neste campo (em breve, notícias aqui). E posso atestar, dia após a dia, a importância dessa relação.

Fogel lembra que o “conteúdo referenciado”, ou seja, o recomendado de amigo para amigo, tem hoje fatia importante como drive de audiência dos sites jornalísticos.

Você não sabe o que está perdendo ao ignorar esse público.

Campeonato de sorriso

Total off-topic, mas se fosse um campeonato de sorriso, você votaria em quem?

O universo geossocial

Um gráfico interessante via Digital Buzz.

Vídeos na web: a valorização do som ambiente

Uma transmissão de futebol em que você ouve apenas a torcida (tá, o locutor, de forma incidental).

Eu acho esse formato o mais adequado para a web on demand, quando todo mundo sabe o resultado do jogo e como foram os gols.

Descrever em texto lances relevantes basta. Em vídeo, basta botar o som ambiente, sem malas falando o óbvio.

É um diferencial na internet que parece evidente, mas pouco visto.

Notícias sobre o Times e leitores que fogem do conteúdo pago

Atualização sobre a audiência na internet do The Times e do Sunday Times: juntos, perderam 1,2 milhão de usuários únicos desde maio, quando passaram a cobrar por conteúdo.

Outro dado revelador: a carteira de assinantes dos sites é bem menor do que a audiência de 1,6 milhões de visitantes únicos que eles alcançaram em julho.

Claro: descobrir que é preciso pagar para navegar é o melhor convite para a retirada sumária.