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Minhas fotos de 2011

Um buraco no portão do canteiro de obras e eis uma visão da Arena Corinthians, que abrigará a abertura da Copa de 2014


O Sol se põe no Malecón em Miramar, na adorável Havana: o grande destino de 2011, certamente voltarei a este lugar.

Vídeos na web: a valorização do som ambiente

Uma transmissão de futebol em que você ouve apenas a torcida (tá, o locutor, de forma incidental).

Eu acho esse formato o mais adequado para a web on demand, quando todo mundo sabe o resultado do jogo e como foram os gols.

Descrever em texto lances relevantes basta. Em vídeo, basta botar o som ambiente, sem malas falando o óbvio.

É um diferencial na internet que parece evidente, mas pouco visto.

Fotografei um fantasma, e agora?

Não é inédito, mas é sempre curioso: ao fotografar a residência de Edward Jenner, descobridor da vacina contra a varíola, Chris Sandys, da BBC, diz ter capturado a imagem de um fantasma.

Se você observar atentamente a foto, verá que de fato há um vulto humanoide perto de uma porta, ao final de um dos corredores da sinistra casa.

Fantasma é matéria? Não, afinal de contas, fantasmas não existem. Mas a simples possibilidade de que um registro desses possa ser possível justifica o barulho em torno da “notícia”.

Agora, é sempre uma situação difícil: como publicar, sem cair no descrédito, que se “fotografou” um fantasma? Muitos veículos optam por simplesmente tratar internamente do assunto quando acontece alguma coisa do gênero com seus profissionais.

E esse tipo de coisa é mais comum do que a gente pensa.

A última que me lembro é a do fotógrafo Robson Fernandjes, do Estado de S.Paulo, cuja câmera travou ao registrar um pai de santo que avisou estar cercado de maus espíritos…

Eu, heim…

Campeão em chamas

É o flagrante mais insólito de taça da história do futebol (Foto: Ricardo Nogueira/Folha Imagem)

É o flagrante mais insólito de taça da história do futebol (Foto: Ricardo Nogueira/Folha Imagem)

William, capitão do Corinthians, recebe o troféu de campeão paulista em meio a incêndio. Uma grande e rara cena.

Uma imagem…

Ronaldo acena para a torcida em sua apresentação no Corinthians

Ronaldo acena para a torcida em sua apresentação no Corinthians

… fala mais do que mil palavras (registro necessário para o fato jornalístico de 2008 no Brasil). E, como tomei merecida bronca de Gustavo Roth, editor-adjunto de fotografia da Folha de S.Paulo,esclareço que a foto acima é de Diego Padgurschi.

A barriga do Ronaldo

placar_ronaldoEm 2000, já moribundo, o jornal A Gazeta Esportiva publicou uma capa que tratava, na verdade, de uma especulação. Era o dia em que seria anunciado o novo técnico da seleção brasileira de futebol, em substituição a Wanderley Luxemburgo.

Pois bem: naquela capa, três técnicos (não me lembro quais) e um enunciado do tipo “eles são os favoritos para assumir” apresentavam a reportagem. À tarde, a CBF divulgou o nome escolhido: era Leão, por acaso um treinador que não aparecia naquela matéria…

Eu era o editor-executivo do jornal e, portanto, responsável direto por aquele absurdo jornalístico que apenas comprovou nossa ausência de fontes e distanciamento da notícia. Diante disso, optou-se por chutar _muito para fora.

Agora foi a vez da revista Placar _ou melhor, do jornal gratuito editado por ela que circulou, como um teste, por um mês nos dias úteis em São Paulo.

Em 27/11, sob a manchete “Ataque de Riso” (em PDF), uma montagem com Ronaldo vestindo a camisa do Corinthians ganhou o subtítulo “Jornal Placar trata Ronaldo no Corinthians como o assunto merece”. No caso, fazendo piada.

Dias depois, o clube do Parque São Jorge anunciava o acerto com o ex-atacante do Milan, maior goleador da história das Copas do Mundo. Prova cabal de que a publicação esportiva não tem fontes e está muito distanciada da notícia (o que já estava claro após meses e meses de revistas sendo postas nas bancas sem a menor repercussão, exatamente como A Gazeta Esportiva de 2000).

Para completar a tragicomédia: palavras do editor da revista (e do jornal), Sérgio Xavier Filho, na edição de ontem, 9/12 (dia em que a contratação do atacante foi anunciada). “O sensacionalismo passou longe de nossas páginas. Se Ronaldo Fenômeno não desembarcará no Corinthians, por que enganar o leitor?”,  perguntou-se o jornalista (o texto está na página dois da edição, ao lado de uma reprodução da malfadada capa com a montagem fotográfica). Foi a última edição do jornal gratuito. Pior impressão, impossível.

Agora, em seu site, a Placar tenta fazer um balanço de perdas e danos. À sua credibilidade, imensas. Rir de si próprio não costuma adiantar.

Não há muito o que dizer nessas horas em que o leitor descobre como se faz linguiça.