Pode perceber: é cada vez mais frequente a divulgação, pelo jornalismo tradicional, de imagens postadas por pessoas em redes sociais. Especialmente pessoas que se envolvem em alguma tragédia humana, como vítimas de homicídio.
Apesar da visibilidade pública na rede, certamente essas fotos e vídeos não podem ser apropriadas por ninguém. Ou seja: claramente aqui há uma violação de direitos.
Já há, em alguns tribunais brasileiros, processos que questionam precisamente isso, o festival de uso indevido (pelo jornalismo formal, repito) de fotos de mortos e seus assassinos (estes, pela tênue questão do interesse público, ainda são questionáveis).
É um pouco como o entendimento (equivocado) de que vídeos publicados no YouTube são públicos e podem ser reproduzidos a bel-prazer. Nada mais errado.
Nessa seara da ética e da legislação digital, ainda temos um longo caminho a percorrer.