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Lições do NYT no Twitter

Ainda hoje, passados nove anos, o uso do Twitter em empreendimentos jornalísticos ainda gera dúvidas. Paradidgma em tudo o que faz, o New York Times compartilhou algumas certezas (e incertezas) sobre essa rede social tão jornalística quanto tempo real – a minha favorita, com o Pinterest bem de perto.

Primeiro mito: o NYT não interage com críticas. Elas ficam lá, sem resposta, numa atitude tão… antissocial!

Segundo mito: muitas vezes o título original publicado no site funciona melhor do que uma versão adaptada para o ambiente de 140 caracteres.

A reflexão toda foi publicada pelo NiemanLab.

Tuitar em momentos de crise

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Ari Fleischer era secretário de imprensa do governo Bush quando aviões destruíram prédios e assombraram o mundo em 2001. Ainda não existia o Twitter.

Agora colaborador da CNN e de outros veículos, Fleischer deu dicas importantes sobre o uso do microblog em momentos de crise como as explosões na maratona de Boston.

Todos são insights muito úteis, agora reunidos pela Slate.

Globo desembarca do Facebook

Agora é oficial: as Organizações Globo (que detêm a principal operação de TV do Brasil, uma das mais relevantes da internet e importantes braços editoriais no mercado de revistas, jornais e livros) estão desembarcando do Facebook.

A partir de agora, a orientação é que produtos como a Rede Globo, o portal G1 e revistas como a popular Quem (só para citar alguns exemplos) não distribuam mais links dentro do site de Mark Zuckerberg. As páginas continuarão lá, mas insossas, com objetivo meramente institucional.

É uma decisão difícil de explicar e justificar. Diz-se que chegou-se à conclusão de que o Facebook está “roubando” audiência da Globo – mas isso, se verdadeiro, certamente irá se intensificar a partir do momento em que nem mesmo links estarão circulando pelo ambiente frequentado por 75% dos internautas brasileiros.

A menção ao Facebook, por motivos comerciais, já havia sido proibida pela companhia, o que é compreensível – só o apresentador Fausto Silva, bocudo, desafia a norma muitas vezes citando a rede social, inclusive fora de contexto, para mostrar “independência”.

Houve um tempo em que a Globo decidiu criar um microblog próprio, à imagem e semelhança do Twitter – e que fracassou, evidentemente. Agora, resta saber o que vem por aí.

Palmas para o Twitter

O Twitter fará seis anos em 2012 (foi criado em março de 2006), mas só explodiria mesmo um ano após lançado.

É por isso que e-book recém publicado na Colômbia festeja os cinco anos “da ferramenta que virou plataforma” e mudaria a maneira como nos relacionamos a rede.

A obra é de autoria de Bárbara Pavan, Elías Notario, Juan Jesús Velasco, Inti Acevedo, Miguel Jorge, Carlos Rebato, Eduardo Arcos e Marilín Gonzalo, que organizou a publicação.

De toda forma, o momento do Twitter agora é de reflexão: todo mundo já descobriu que ele infla demais seu sucesso (os alegados 100 milhões de usuários seriam muito, muito menos) e que precisa verdadeiramente de uma novidade para sair da estagnação.

É o desafio de 2012.

O desenho do Twitter

Vítor Lourenço, um dos primeiros funcionários do Twitter, fala sobre o design da ferramenta _de fato, seu ponto forte.

Vem redesenho por aí? As especulações já começaram

Internet, velocidade e controles de qualidade

A internet não será um bom lugar para praticar o jornalismo até que existam controles editorais de qualidade.

O debate entre David Simon e Aaron Sorkin, roteiristas de séries e filmes de sucessos como The Wire ou A Rede Social, foi um dos pontos altos da semana passada em Cannes (a cidade francesa abrigou mais uma edição do festival de criação publicitária).

A conversa era sobre produção de conteúdo e, tenho de deixar claro, discordo da sentença que abre este texto, citada no papo.

Não existe lugar bom ou ruim para praticar o jornalismo, ele está posto, e em todas as fronteiras.

Simon (ex-jornalista) foi o mais crítico de todos à velocidade de ferramentas como o Twitter _hoje absolutamente dominados pelo jornalismo. Ele pediu mais critérios e profundidade.

É, aquele velho problema da superficialidade e rapidez. Mas jornais impressos têm o timing de 24 horas e estão forrados de erros e informação ligeira (também faço um e sei do que falo).

Talvez a maior curiosidade da conversa tenha sido Sorkin revelar que tinha ouvido falar do Facebook “como sabia sobre um carburador” antes de adaptar o roteiro que ganharia o Oscar.

Ah, e Piers Morgan absolutamente deslumbrado com o poder de drive de audiência (para a TV) que o microblog possui.

Microrrelato, esse gênero desprezado no jornalismo

Estebán Dublín fala com propriedade sobre o microrrelato, que não costuma ser associado a nenhuma forma de redação jornalística mas que, com a popularização de microblogs (Twitter e Tumblr à frente), bem que merecia um lugar ao sol.

Dublín lembra o maior exemplo de microrrelato conhecido: os versículos bíblicos, que contextualizados acabam por contar uma história única.

Bem interessante.

Uma revista que sobrevive on-line no microblog

O Sala de Prensa sabe bem como complementar seu conteúdo na web. Em formato de revista vai ao ar todo mês. E só.

No microblog (leia-se Twitter), porém, atualiza suas infos o tempo todo.

Exemplo de uso correto das ferramentas da web.

Algumas coisas que fazem falta no Twitter

Já se falou exaustivamente sobre o que o Twitter tem.

Inti Acevedo conta, neste post, cinco funcionalidades que ele gostaria que o sinônimo de microblog tivesse.

Sem dúvida, a caixa-preta do acesso ao perfil é a ausência mais inquietante. Mas eu, se fosse dono do produto, também não entregaria assim, de mão beijada.

Por que o Twitter é tão popular no Brasil?

Por que o Twitter é tão popular no Brasil, pergunta a revista Time, se escorando em dados que mostram que, em agosto, 23% dos internautas brasileiros visitaram o site, contra 11% dos americanos.

É uma questão difícil de responder até para quem viu a plataforma surgir do zero (quando ainda tinha pouquíssimos usuários no país) _desde 2007 utilizo o microblog em sala de aula.

O brasilianista James Green, ouvido pela revista, dá um chute arriscado: diz que “a falta de diversidade na mídia” levou os brasileiros ao Twitter.

Tem duas coisas a se considerar aí: primeiro, que o Twitter verdadeiramente “explodiu” e passou a ser conhecido no país apenas a partir do ano passado. É, ainda, muito pouco tempo de uso para se detectar alguma febre.

Junto disso, verificou-se o fenômeno de adoção da ferramenta por personalidades, o que seguramente ampliou seu leque de utilizadores (aqueles que gostam de dizer “tio” para William Bonner, por exemplo).

Qual o seu palpite?