Arquivo do mês: setembro 2011

Aplicativos jornalísticos para tablets

Alguns desta lista podem ser úteis. Outros, óbvios ou irrelevantes em português. Mas vale dar uma olhada.

O ativismo bobagento da academia

O ativismo bobagento da academia em relação à imprensa não tem fim: eis que repasso a última edição da revista da E-Compós (Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação) e encontro o trabalho “O Programa Bolsa Família na Revista Veja: assistencialismo governamental ou ressentimento midiático?”, de Jose Luiz Aidar Prado e Moassab Andréia.

O trabalho é sóbrio, diga-se, mas tenta conectar Veja a uma corrente de pensamento que, de alguma forma, estaria “desvirtuando” a análise sobre o principal programa de redistribuição de renda do governo federal.

A academia deveria parar de usar material jornalístico como parâmetro de conceituação. É um desconhecimento sobre o nosso trabalho: os veículos não têm essa importância toda e, mais, muitas vezes os conceitos vão e vêm, a depender do espaço editorial disponível.

A academia não é lugar de Fla-Flu, gente.

http://www.compos.org.br/seer/index.php/e-compos/article/view/531/492

Digital ou analógico?

Ferramentas bacanas para detectar plágio

Boas dicas para descobrir se você está sendo “kibado” na internet. Já uso alguns destes sites para pegar aluos em flagrante delito…

As redes sociais e o mundo corporativo

Para quem não viu a Folha de ontem trouxe a opinião de sete empresas sobre o uso de redes sociais por seus funcionários.

E, para quem não sabe 2, há redações em que o acesso a elas é impedido.

Como se não se tratasse de uma ferramenta de trabalho.

Social Media Week alija o jornalismo da discussão

São Paulo foi uma das cidades que abrigaram, na semana passada, mais uma “edição de Primavera” da Social Media Week. E confesso que fiquei impressionado pela forma como o jornalismo foi alijado das discussões.

Tudo bem, eu entendo que o trabalho em mídia social é 90% estratégia de marketing e posicionamento de marca, mas nada explica o fato de que praticamente todas as mesas de debate tinham como protagonistas publicitários e povo de agências.

Discutiram dos cases mais desimportantes àqueles que, ainda que falassem com o público errado, chegaram ao estrelato (vide caso pôneis malditos).

Desde sempre a publicicidade teve mais liberdade (e dinheiro) do que o jornalismo. Bem por isso, o papo sobre trânsito e planejamento em redes sociais está anos-luz mais avançado entre esse galera.

Mesmo assim, temos experiências importantes para trocar. Especialmente porque o gerenciamento de comunidades em mídia social por jornalistas parece muito mais sintonizado com o conceito de troca e cumplicidade, básico para, mais do que vender um produto, prestar serviço e conquistar o cliente/leitor/usuário.

Fora que, na publicidade, o personalismo e a necessidade de holofotes colocam em segundo plano a pessoa mais importante quando se desenha uma política de mídia social: você.

‘Estudos em Jornalismo’ saiu do forno

Saiu do forno a edição do primeiro semestre da revista Estudos em Jornalismo e Mídia, responsabilidade do povo da UFSC.

O eixo temático é “Democracia e regulação da mídia”, um assunto bastante atual, por sinal.

Vai lá e explore a publicação.

A culpa não é do estagiário

Já tinha me esquecido do detestável “tira o estagiário daí” com o qual as pessoas (os leitores) reagem a erros no jornalismo. De volta à linha de frente da interação, minha memória foi refrescada por essa bobagem.

Primeiro, as pessoas não sabem que o jornalismo nem sequer tem estagiários. Tá, existe um ou outro, mas a figura nem sequer está regulamentada por lei nesta profissão ora desregulamentada.

Mas o ponto não é esse: não consigo entender por que tratar todo erro como se fosse fruto de inexperiência, sendo que os veteranos perpetramos barbaridades diariamente no exercício do jornalismo.

Aliás, um foca não comete nenhum erro sozinho. Logo, não tem responsabilidade alguma. Antes de recorrer ao reducionismo de tentar vexar alguém que está começando, aponte o dedo para o supervisor do cara, que deu de ombros e é o verdadeiro responsável pelo pepino.

Jornalista que entrevista jornalista

Ainda ontem falei sobre uma categoria de jornalista, aquele que não gosta de notícia, e acabei me lembrando de outra tão ruim quanto: o jornalista que entrevista jornalista.

De novo, tenho de citar o exemplo o esporte e as criativas intervenções travestidas de apuração exclusiva de um mesmo veículo que, em seu momento, coloca o jogador Neymar em clubes distintos.

Repare como surgem nomes de outros repórteres no meio de um dos textos, evidenciando que a “apuração”, na verdade, não passa de fofoca não fundamentada.

Ora, se a matéria-prima principal do jornalismo é a informação exclusiva, me diga você o que uma conversa com um jornalista irá acrescentar do ponto de vista do que já foi publicado. Pois é, nada.

Esqueça que existe gente como você. Jornalista não é fonte.

Jornalista que não gosta de notícia

Pesquisa do grupo norte-americano Arketi sobre os hábitos on-line de jornalistas aponta que 98% dos coleguinhas usam a rede para ler notícias. Até aí, óbvio.

O que eu queria saber de verdade é se os 2% que não fazem isso se consideram mesmo jornalistas.

Infelizmente, a profissão anda muito ruim porque bastante gente recém ingressada na profissão simplesmente não gosta de jornalismo, mas de um assunto específico tratado por ele.

No esporte, isso é bem frequente: a turma gosta de futebol, não de notícia.

Aí não dá, né galera?