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Jornalismo ou defesa de interesses?

Os professores Jay Rosen e Jeff Jarvis (ambos da Universidade de Nova York) estabelecem um interessante diálogo em torno da função e da prática do jornalismo. Jarvis pergunta se, no final das contas, o jornalismo não é uma forma de engajamento ou defesa de interesses – o termo usado em inglês é ‘advocacy’.

Sabemos que o jornalismo nasceu assim, partidário, e depois experimentou a transformação pela objetividade em prol da indústria da mídia. Hoje, com essa indústria em cacos, estaríamos voltando a passos largos para as origens do ofício.

O massacre da escola e o fetiche da velocidade

O “jornalismo formal” costuma apontar o dedo para as redes sociais como um exemplo de falta de acuração e cuidado com a informação. Claro, acuração e cuidado com a informação são apanágios do “jornalismo formal”.

Daí um rapaz de 24 anos que teve toda a família assassinada pelo irmão mais novo (também morto) é apresentado pela mídia tradicional como sendo o assassino.

Definitivamente estamos caminhando com muita pressa. Esse fetiche da velocidade foi extraordinariamente dissecado na tese de mestrado que Sylvia Moretzsohn defendeu na UFF em 2000.

“Antes de mais nada a informação deve ser rápida para ser considerada eficiente. A velocidade, portanto, parece ganhar vida própria, e passa a ser o valor fundamental a ser consumido”, escreve a pesquisadora.

E isso agora é pra todo o sempre. Um ônus que o jornalismo em tempo real impôs aos nosso tempo. E que vale inclusive para a rede social.

Devagar com o andor

Um texto equilibrado de Jeff Jarvis analisando que o mobile é um caminho, não o único.

NY e o blecaute de informação

Há um blecaute informativo em Nova York? Jeff Jarvis faz um interessante raio-x da situação jornalística, em todas as mídias, na cidade mais importante dos EUA.

Notícias sobre a indústria do compartilhamento

Hoje corrijo uma omissão: não mencionei o livro Public Parts, do colega Jeff Jarvis, lançado há alguns meses e que traça uma consistente análise sobre o compartilhamento e em que ele está transformando o mundo.

Jarvis mostra que nossa atividade em rede coloca toda a nossa produção num patamar até então inédito: o de bem público.

Ao mesmo tempo, o compartilhamento está se constituindo numa nova indústria – que provavelmente será a mais poderosa deste século.

Boa leitura.

Será mesmo o fim da matéria?

Essa aqui passou batida, mas é bem interessante: Jeff Jarvis, da Universidade de Nova York, discute o fim da matéria (no jargão jornalístico, como chamamos a reportagem).

Num longo texto, Jarvis (nosso velho conhecido, e que já há algum tempo não nos visitava nestas páginas) discorre sobre uma série de exemplos em que repórteres foram orientados a fazer exatamente isso _ reportar _ seja via Twitter, Tumblr, posts e fotos e vídeos em blogs etc.

A conclusão é que a conexão entre uma história não se perde se não nos ativermos à ditadura do textão fechado.

Tendo a concordar que a leitura, hoje, é fragmentada. A tese, portanto, me parece bem válida.

Transparência e objetividade no jornalismo

A transparência é a nova objetividade do jornalismo?

É o que defende Jeff Jarvis, professor da Universidade de Nova York.

Um debate bom, até porque a objetividade, a gente sabe, não existe. Toda decisão jornalística é carregada de subjetividade.

O que o Google faria?

O que o Google faria, Jeff Jarvis (autor de um livro com esse nome)?

Produzir um vídeo mostrando como é sua gestão de armazenamento de dados _com pessoas comuns, vigilantes comuns e prédios comuns.

Para ganhar o possível anunciante/investidor que ainda tenha medo do on-line, um espaço que, convenhamos, é exatamente o mesmo do off-line, absolutamente incorporado ao dia a dia.

Voltando a Jarvis e seu livro: há um erro crasso no primeiro período do texto (“Parece que nenhuma empresa, executivo ou instituição realmente entendeu como sobreviver e prosperar na era da internet. A exceção é o Google”).

Um exagero acima de qualquer patamar. O livro é bem honesto, mas um começo desses depõe contra qualquer iniciativa.

A ascensão do príncipe herdeiro

Boa análise de Jeff Jarvis sobre a troca de comando no Google.

Um insight sobre o Wikileaks

Jeff Jarvis, professor da Universidade de Nova York (onde estão boas cabeças a refletir sobre as mudanças introduzidas pela tecnologia no jornalismo, como Jay Rosen e Clay Shirky) tem um insight sobre o fator Wikileaks, o projeto colaborativo na internet que tem como objetivo divulgar documentos confidenciais particulamente constrangedores ao governo americano.

“Quando os governos perceberem que os agora os cidadãos podem vigiá-los melhor do que são vigiados, veremos a transparência dissuadir atores ruins e ações condenáveis”.

Há uma revolução em curso, patrocinada pela tecnologia: o acesso de pessoas comuns às armas antes reservadas aos poderosos.

Difundir informação é uma das mais devastadores para efetivamente “mudar o sistema”, como se dizia no meu tempo.