A decisão do prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, de credenciar jornalistas independentes para ingressar em repartições e eventos promovidos sob a tutela do município é excelente do ponto de vista de democratização da informação.
Abrir portas para iniciativas individuais é reconhecer que o ato de apurar/analisar/difundir informação é direito fundamental da pessoa, um velho mantra deste site.
A credencial de NY tem uma condição: o postulante precisa provar que cobriu, nos últimos dois anos, ao menos seis eventos. Ou seja, tem de ter a partir de 730 dias de sanha jornalística nas veia (apesar de, na média, a exigência corresponder a três por coberturas por ano _um luxo para quem camela nas redações).
No meio acadêmico brasileiro, já houve quem levantasse a voz questionando o porquê de blogueiros receberem o “status de profissionais diplomados”.
Eu sigo questionando por que motivo um diplomado em jornalismo é, necessariamente, melhor do que uma pessoa qualquer relatando/analisando/apurando um acontecimento.
Não há embate entre blog e jornalismo, entre on-line e jornalismo, entre cidadão e jornalismo. Jornalismo todos nós fazemos todos os dias, e desde sempre. As facilidades trazidas pela tecnologia é que evidenciaram esse processo.