Arquivo do mês: agosto 2011

Conversação sobre a infografia

Uma conversa entre Alberto Cairo e Stephen Few sobre o uso de infográficos no jornalismo. Cairo dispensa apresentações, enquanto Few é autor de dois dos principais livros sobre o assunto,  Show Me the Numbers e Now You See It.

 

“O jornalismo consiste em facilitar a vida dos leitores, não em entretê-los”, diz Few.

Ferramentas para trabalhar com dados

Uma lista de nove ferramentas úteis para trabalhar com dados on-line. A organização é do sempre solerte Paul Bradshaw.

Armadilhas da colaboração na rede

Investigação jornalística. É essa receita de Julien Pain para evitar que falsas notícias acabem indo parar nas páginas do Observers, site colaborativo francês.

Chato, mas sempre tem alguém usando o jornalismo participativo para tentar trapacear, seja enviando uma foto não original ou, ainda pior, um relato fraudulento.

No caso de quem trabalha no dia a dia com mídia social, monitorar o que as pessoas estão dizendo na rede pode significar minutos preciosos na antecipação de um acontecimento _desde, claro, que ele seja verídico.

Identificar o autor da informação, contextualizá-la e organizá-la são algumas dicas da Slate francesa para evitar barrigas vindas das redes sociais.

Outro aspecto bacana é o técnico: descobrir informações sobre imagens postadas (e isso não é muito difícil mesmo sem ferramentas pagas) pode, por exemplo, revelar uma data que inviabilizaria a associação com uma determinada notícia.

Jornalismo investigativo e financiamento público

O jornalismo investigativo está vivo ou morto?

Nosso amigo Paul Bradshaw aponta o financiamento público (em especial, do público) como o principal patrocinador da prática no futuro.

A bem da verdade… todo jornalismo deveria ser investigativo.

Quanto custa um site?

Quais variáveis influenciam no custo final de um site? Definir esse custo é um drama.

Uma página colaborativa procura justamente reunir esse material para ajudar no trabalho de orçar a construção de um endereço na web.

(via Braimstorm9).

O exemplo de um jornalista de verdade

A primeira vez que fui a Santo André, em abril de 1992, foi para uma entrevista de emprego no Diário do Grande ABC, que viria a ser meu empregador pelos oito anos seguintes.

Ali pude conviver com Fausto Polesi, um dos fundadores do jornal, que morreu nesta semana aos 81 anos.

Não é preciso puxar pela memória para lembrar o quanto este homem, um jornalista de alma e corpo, valorizava um aspecto fundamental para o exercício da profissão: a independência.

Ex-presidente do clube de futebol da cidade, Polesi jamais me fez um pedido relacionado à cobertura do time nos cinco anos em que comandei a editoria de Esportes do jornal.

Nos anos 90, o Diário viveu sua época de ouro, abrigando uma geração brilhante de jornalistas como Vera Magalhães (hoje repórter especial da Folha de S.Paulo), Antonio Prada (diretor do portal Terra para a América Latina), Cuca Fromer (diretora editorial do Diário de Guarulhos), Edson Rossi (diretor de conteúdo da Elemídia) e Claudio Souza (editor de Carros do UOL) _paro por aqui apenas para não me alongar, a lista é extensa.

Dá muita saudade daquela redação. O jornal era respeitado, rivalizava com os “grandes da capital” em várias coberturas, tornou-se uma referência e atraiu vários talentos.

A propósito, aquela entrevista de emprego que introduziu o DGABC em minha história foi feita por Reinaldo Azevedo, outro que relata o compromisso incondicional do doutor Fausto (e seu indefectível terno branco) com a imparcialidade.

O jornal impresso relegado ao último plano

Confesso que fiquei horrorizado com o que nos conta Michele McLellan.

Animada, ela relata que o jornal The Wichita Eagle está tão empolgado com essa história de “digital first” que “colocou a operação impressa no fim” da cadeia de produção jornalística, como afirma Sherry Chisenhall, vice-presidente editorial do veículo.

Dos 60 jornalistas da casa, 50 tiveram a função alterada e agora praticamente trabalham para o site, respondendo a um único editor-geral (em vez dos editores de cada editoria de papel).

Não é assim que se faz um jornal impresso, gente. Trata-se de um produto que, pelo contrário, precisa ser planejado antecipadamente. Só assim (e olhe lá) e possível fugir da irrelevância e da repetição das coisas publicadas em outras plataformas.

Tratar o impresso como um mero reprodutor de conteúdo on-line é um tiro no pé. Não é pra festejar, não.

Opinionismo ganhava marco há dez anos

Na semana passada o blog Instapundit, de Glenn Reynolds, completou dez anos.

É um dos pioneiros naquilo que eu chamo de “opinionismo”, ou seja, faz jornalismo opinativo, sem apuração ou lé com cré.

Mesmo assim, tem uma legião de fãs _e apontou um caminho que se tornaria uma tendência na web.

Reynolds é mais importante por ter sido o autor de “An Army of Davids“, de 2006, um dos primeiros livros a abordar a mudança que a tecnologia estava proporcionando à comunicação ao munir as pessoas com as mesmas armas que os ditos “profissionais”.

Começa o desmonte de aviões da Vasp em Congonhas


Quem acompanha este site sabe que o assunto offtopic de maior interesse é aviação. Logo, não pude deixar de compartilhar essa informação com os leitores: o início do desmonte de velhos aviões da Vasp abandonados em Congonhas.

A operação é fundamental para que se concretize o primeiro leilão da sucata da massa falida da antiga companhia aérea paulista.

Como prometido, assim que houver mais novidades, posto aqui.

Sugestões para um jornalismo melhor

Sean Blanda oferece sete ideias que podem nos ajudar a fazer coisas diferentes na rede.