Meu amigo Paul Bradshaw (saudade dele, aliás) fez um gráfico interessante para organizar o caminho da informação antes da confecção de uma infografia.
Vale a pena dar uma olhada.
Meu amigo Paul Bradshaw (saudade dele, aliás) fez um gráfico interessante para organizar o caminho da informação antes da confecção de uma infografia.
Vale a pena dar uma olhada.
Uma lista de nove ferramentas úteis para trabalhar com dados on-line. A organização é do sempre solerte Paul Bradshaw.
Publicado em Sobrevivência na Rede
Com a tag dados, ferramentas, jornalismo on-line, Paul Bradshaw
O jornalismo investigativo está vivo ou morto?
Nosso amigo Paul Bradshaw aponta o financiamento público (em especial, do público) como o principal patrocinador da prática no futuro.
A bem da verdade… todo jornalismo deveria ser investigativo.
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Com a tag financiamento público, jornalismo investigativo, Paul Bradshaw
Eu costumo dizer que se no meu tempo houvesse as armas tecnológicas de hoje, que nos deram uma capacidade de difusão de informação praticamente no mesmo patamar das corporações jornalísticas pré-estabelecidas, jamais teria ido parar numa redação.
Paul Bradshaw cristaliza isso ao sugerir que os novos jornalistas não devem esperar uma oportunidade, mas criar as suas.
Submeter-se a um grupo crítico e de confiança (seus nós numa rede social, por exemplo) colabora bastante com o progresso profissional.
Hoje a imprensa somos nós, qualquer um publica.
Mas somos o que opinamos e divulgamos.
Resumo: o conteúdo ainda é o que vale.
Dentro ou fora do mainstream.
O The London Weekly, lançado com estardalhaço há 15 dias em meio ao vácuo provocado pelo fechamentos de dois outros diários gratuitos londrinos (The London Paper e London Lite), já está provocando tamanha polêmica que virou motivo de trabalho colaborativo na web: o que você sabe sobre o London Weekly?, pergunta Paul Bradshaw, que comanda um projeto investigativo de apuração distribuída para saber qual é a do jornal.
Explica-se: lançado como um negócio de 10 milhões de libras (R$ 29 milhões) e 50 jornalistas, não tem gente conhecida do meio no expediente e sua presença na web, com atualizações esporádicas e em geral assinadas por duas pessoas, revela a precariedade.
O simples fato de jornalistas não saberem o que se passa numa redação alheia (porque deveriam ter pelo menos alguns conhecidos) já é altamente suspeito.
O The London Weekly é distribuído, em papel, às sextas e sábados no metrô da capital inglesa.
O professor Paul Bradshaw, maníaco do avanço tecnológico e da comunicação on-line, descreveu, em 12 pontos, as mudanças mais significativas que a internet provocou no que ele chama de “economia da notícia”.
Recomendo a leitura integral do artigo, mas vou destacar algumas coisas que me chamaram a atenção.
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Opine: um jornal precisa de manchete todos os dias?
Primeiro que, pícaro, Bradshaw celebra o fim dos monopólios _e também a criação de outros.
É evidente que o enterro do monopólio que menos interessava (o do jornalista como filtro universal entre os acontecimentos e o público) transformou definitivamente a profissão.
Mas o surgimento de monoculturas como Google e Facebook, para citar só duas, apenas mantiveram o status quo.
Bradshaw cita dois aspectos também importantes da revolução provocada pela tecnologia: primeiro, a explosão do consumo de notícias. Nunca se teve tanto ao alcance de tantos e por tão pouco (invariavelmente, zero). Depois, ele presume que a web deu a quem trabalha com notícias a noção exata de sua audiência (quem é, de onde vem, para onde vai).
Isso não é exatamente verdade: a internet é o meio pior auditado da história da comunicação. Basta dizer que, até hoje, não há consenso sobre a padronização a ser seguida num quesito simples como a avaliação do tamanho da audiência.
Mas tudo bem: tecnicamente, os meios existem. Os homens é que ainda não se entenderam.
A mudança mais importante, segundo ele, foi o surgimento de uma nova moeda, baseada em reputação, conhecimento e rede de conexões. Muito verdade. E tem tanto jornalista que ainda não percebeu isso…
O que mais será que mudou no jornalismo com a revolução tecnológica?
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Com a tag economia da notícia, futuro do jornalismo, mídias sociais, Online Jounalism Blog, Paul Bradshaw, redes sociais
Jeff Bercovici levanta, no Portfolio.com, um tema bacana e que está relegado ao último plano no Brasil (pouca gente se debruçou sobre ele, essa é a verdade): o wikijornalismo.
Duvido que Bercovici saiba do que se trata, mas seu clamor por maior transparência no jornalismo on-line _especificamente para que sites e portais exibam a seus leitores todo o histórico de uma reportagem publicada na Web, com suas atualizações e correções_ seria resolvido exatamente com isso, um wiki.
Em suma, um texto em código aberto passível de ser atualizado por qualquer um, e cujas alterações ficam registradas usuário após usuário. É o modelo que vemos, por exemplo, na Wikipedia.
Um cara que estudou esse negócio a fundo é o professor inglês Paul Bradshaw, que chegou a imaginar a proposta substituindo, por exemplo, a blogagem. Não prosperou, mas o debate ainda está de pé.
Só um wiki poderia atender a contento à proposta de Bercovici. É como comenta um editor do jornal inglês The Times no texto: “nossas páginas se transformariam numa enorme confusão”. Sem dúvida: imagine palavras riscadas ou parágrafos inteiros com indicações de alterações, títulos duplicados porque foram alterados… enfim: inviável.
Colaboraria com a transparência do jornalismo on-line conhecer que mudanças um texto na Web passou ao longo do dia? Provavelmente. Isso, entretanto, não exclui a necessidade de correções (e ainda são poucos os sites relevantes que possuem uma lista de notícias só para abrigá-las _isso sim é falta de transparência, não?)
Agora, e para não perdermos a discussão de vista, cito o wikijornalismo não como um espaço de convivência pro-am, ou seja, entre jornalistas profissionais e cidadãos.
Não vejo, ao menos no Brasil, maturidade para este modelo no momento. Logo, esse nosso “wiki transparente” seria capenga e teria de ter restrições de acesso. Mas seria uma opção a uma página incompreensível e cheia de rabiscos.
ATUALIZAÇÃO: Protegido pelo muro do conteúdo pago, o texto de Jeff Bercovici pode ser acessado via máquinas de busca.
Publicado em Blogando
Com a tag Jeff Bercovici, jornalismo on-line, online journalism blog, Paul Bradshaw, wikijornalismo
De forma geral, blog e jornalismo são coisas que não têm muito a ver. Muita gente confunde as coisas e acha que, pelo simples fato de estar “blogando”, faz, automaticamente, jornalismo.
Nosso amigo Paul Bradshaw fala sobre isso no capítulo de um livro sobre jornalismo investigativo a ser lançado em breve.
Eu mesmo já tinha manifestado minha contrariedade com a banalização da palavra blog e o desvirtuamento de suas características. A tribuna para a expressão do brilhante pensamento vivo, como escolhem alguns, está muito distante do diálogo com o público, da coleção de coisas legais e da solidariedade com a blogosfera, por onde enveredaram outros _estes sim, fazendo blogs jornalísticos.
Foi em 1999 que o surgimento de plataformas como o Blogger ajudaram as pessoas a superar a ignorância em HTML e se aventurar na publicação on-line. Desde então não houve, no Brasil, uma iniciativa convicente de jornalismo investigativo _se bem que o maior exemplo norte-americano, a denúncia de que o presidente Bill Clinton tinha tido um affair com uma estagiária da Casa Branca, foi obtida porque o blogueiro era dono de uma loja de conveniência numa rede de TV e ouviu o papo dos repórteres.
Se você conhecer bons exemplos de blogs jornalísticos no Brasil, me conte. Vamos voltar ao tema em breve.
Com a tag blog, blogs jornalísticos, online journalism blog, Paul Bradshaw
Eu aqui apregoando o fim da home page, e gente como o webdesigner Wilbert Baan, do jornal holandês Volkskrant, pensando em soluções para a página inicial do veículo na Internet.
As novidades começam no topo, com o que Baan apelidou de “rio de notícias”: uma linha do tempo das últimas 24 horas mostrando a quantidade de notas publicadas pelo site.
Na coluna do lado direito, as notícias mais recentes. No pé, fotos recentes, links para redes sociais e listas de mais lidas e mais enviadas por e-mail.
E, viva, dane-se o Padrão F de Jakob Nielsen.
Quem analisa a novidade tim-tim por tim-tim é nosso amigo Paul Bradshaw.
E esquenta a discussão. Eu não disse, mas pensei: tava faltando webdesigner nessa conversa…
Publicado em Sobrevivência na Rede
Com a tag home page, jakob nielsen, Online Jounalism Blog, Padrão F, Paul Bradshaw, usabilidade, Volkskrant