Arquivo do mês: novembro 2012

O portfólio de comerciais de TV da Apple

Um comercial da Apple de 1984, exibido no intervalo do Superbowl (a final do campeonato de futebol americano), é apontado como o maior de todos os tempos.

Agora um fã da marca disponibilizou o que garante ser a coleção de TODOS os comerciais da empresa. É um portfólio digno de ser preservado. São 485 peças a começar pela primeira, de 1977.

O mercado especulativo de domínios na web

Quem diria, a especulação de endereços na web continua mais em alta do que nunca. Tudo por causa da liberação dos cobiçados “.app, .law e .book”, entre outros.

A primeira grande expansão de nomes de domínios vai ocorrer, em leilão, em meados de 2013. Quem coordenará essa distribuição é o ICANN, o órgão responsável por relacionar nomes aos identificadores (aquela sequência de números que toda URL esconde por trás de seu “nome fantasia”).

A questão é a ciberocupação, ou seja, empresas que solicitam domínios não necessariamente pertinentes a seu negócio para eventualmente lucrar com isso depois. As leis internacionais, via de regra, dão ganho de causa aos legítimos “donos” de endereços grilados, mas muitas vezes após anos de batalha judicial.

Pelo visto, vamos presenciar algumas – e das grandes – a partir do próximo ano. Será certamente uma tendência em 2013, aproveitando que chega o final do ano e sempre somos instados a prever alguma movimentação no imprevisível mundo da web.

Os males da monocultura

Você confia sua vida on-line ao Google e, no primeiro problema, sai xingando muito no Twitter.

Uma queda parcial dos serviços da empresa de Sergei Brin e Larry Page, nesta semana, nos fez lembrar mais uma vez os males que a monocultura traz. A verdade é que muita gente parece simplesmente não ter plano b na web.

Isso é ruim em primeiro lugar pela própria democratização da rede – há serviços idênticos em toda parte, basta procurá-los.

Em segundo, e fica o alerta: suas coisas on-line podem não ser tão seguras assim. Não é o caso do Google, mas ninguém está livre de perder arquivos cruciais por causa do fechamento de serviços. Isso às vezes acontece de forma totalmente inesperada.

Pense nisso antes de espernear.

A propósito, desta feita a queda parcial dos serviços do Google, tudo leva a crer, esteve concentrada nos servidores de provimento, não dos da empresa.

A internet sob o ataque das nações

Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, recebe no mês que vem delegações de 193 países para discutir o tratado internacional que regula as telecomunicações. Desde 1988 esse acordo não é revisto.

Sabe o que isso significa, né? Que pela primeira vez a internet entrará no debate. E isso é péssimo: é óbvio que, nesse foro, o que interessa é a discussão de restrições. Por exemplo, China e Irã levarão à mesa dezenas delas. Fiquemos de olho.

A beleza da infografia estática

Mestre Alberto Cairo nos contou, na semana passada, uma coisa bonita: infografistas renomados que preferem trabalhos estáticos aos animados.

A explicação é singela: impressos, esses trabalhos chamam muito mais a atenção do consumidor (a quem, afinal de contas, é dirigido). Sem contar a ausência de botões ou outras informações escondidas atrás de abas.

Faz bastante sentido.

A impressão em 3D e a revolução

Tudo começou (como quase tudo em tecnologia) com um artigo na Wired que, depois, viraria um livro (como quase tudo que preconiza Chris Anderson, editor da publicação norte-americana).

Agora, nesta semana a The Economist volta a abordar o assunto. A popularização da impressão em 3D significará, realmente, uma nova revolução industrial?

Calma lá, falar em revolução (como tudo num tempo em que as coisas acontecem depressa demais) parece ser prematuro se levarmos em consideração – e precisamos levar – que uma coisa é a possibilidade de se construir coisas ao apertar de um botão na sala de casa, e outra, muito mais complexa, é ter essa compreensão e o cabedal de conhecimento acumulado necessário para colocá-la em prática.

Mais uma vez, o autor da teoria da cauda longa e do preço zero parece ter pensado longe demais…

Palavras fora de contexto

O sociólogo Claudio Beato foi às páginas da Folha de S.Paulo esta semana para protestar contra… a Folha de S.Paulo. E ainda há quem enxergue nos jornais uma postura de donos da verdade que, quem diria, detectamos com frequência nas redes sociais e seus especialistas em nada decretando fatwas de forma inclemente.

Mas voltando a Beato, sua queixa é, infelizmente, comum: palavras tiradas do contexto numa entrevista e, que surpresa, um título de reportagem que “atribui-me posições que me são completamente estranhas”. Dá uma lida.

O que todo mundo deveria saber sobre jornalismo

Meio quixotesco, mas não deixa de ser interessante.

O cerco à mídia na Argentina

A discussão sobre a Ley de Medios e o cerco à imprensa “independente” na Argentina está pegando fogo.

Para quem trabalha com jornalismo, é impossível achar normal o que está acontecendo no vizinho. Amanhã, e nesse aspecto ainda bem que temos Dilma na presidência, pode ser a gente…

 

 

A loucura do jornal global

Fundador do jornal espanhol El País, Juan Luís Cebrían aparece agora com uma controvertida ideia de salvação do jornalismo impresso que seriam os “jornais globais”. Tiro n’água.

Com exceção de alguns poucos títulos, e de nicho (casos de Financial Times e The Wall Street Journal), não vejo futuro nessa perspectiva. Quem, em são consciência, deixaria de ler seu jornal em papel local para comprar o El País em português – e quase sem conteúdo específico, como o próprio Cebrián revela? Loucura.