Arquivo do mês: março 2012

Cobrar por conteúdo? Não, obrigado, diz Washington Post

Num momento em que o tabu do conteúdo pago de alguma forma tem sido enfrentado por veículos que em maior ou menor escala puseram a registradora para funcionar, o ombudsman do Washington Post vai na contramão e diz que, se fosse para fazer uma previsão, o jornal jamais irá cobrar pelo acesso à sua página on-line.

O Facebook e seus 834 milhões de filhos

O Facebook está abrindo o bico, já percebeu?

Diariamente, o tempo todo, atualizações, likes e comentários desaparecem momentaneamente. Posts publicados simplesmente caem no vazio para ressurgir horas depois, como se fossem recém-publicados.

Na timeline, datas de nascimento (ou lançamento de produtos, no caso das fan pages) foram alteradas aleatoriamente e nem sempre restauradas. Virou rotina publicar e não ver a atualização. Repetimos a operação e, surpresa: de repente você começa a enxergar dobrado.

Sustentar 834 milhões de bocas tem um preço.

Um homem no banheiro feminino

Duas anotações pessoais sobre o enfant terrible da hora dos sites de rede social, você me permite?

1) O Pinterest combate bravamente a ditadura do texto. Ali o contato com as pessoas que te seguem ou por você são seguidas é absolutamente dispensável. A comunicação se dá por meio de imagens.

Trocam-se escassas palavras, e na verdade o que você tem a dizer em texto pouco importa. Sua reputação é proporcional ao seu senso estético. Subjetivo.

Fazia falta uma rede onde falar com pessoas não é o foco.

2) Para um homem, acessar o Pinterest equivale a entrar no banheiro feminino. E é ótimo, passa a (falsa) impressão de que invadimos a cabeça das mulheres e entendemos seu mundo – ainda que enquanto elas olham cabelo, look e sapato, cobiçamos sex appeal, bunda e peito. Também gosto do Pint porque ele me dá a sensação de que sou o intruso espada do Saia-Justa, uma antiga aspiração.

O site pinta como um ponto de encontro estético bem simpático, sem chatices inerentes aos sites de mídia social que têm o texto – e nosso brilhante pensamento vivo – como principal funcionalidade.

Jornalistas em greve

Peralá: nesta quinta há o chamamento para uma greve geral na Espanha, e o jornal Público decidiu aderir ao movimento: anuncia em sua capa que não será atualizado por 24 horas.

O jornal é o mesmo que há cerca de um mês encerrou suas atividades em papel e partiu apenas para a operação on-line.

Agora, jornalista em greve num dia em que se precisa muito dele é bem estranho, não? Patrão à parte, a paralisação poderia ter ocorrido antes.

Mulheres e ativismo social

As mulheres americanas são mais engajadas em causas sociais do que os homens, mostra o gráfico abaixo sobre ativismo social na web.

Que saibamos, todos, nos proteger de desonestidades intelectuais como Kony 2012.

Falando em bom português

Você sabia que cerca de 15% das palavras patrocinadas em mecanismos de busca (que anunciantes compram para destacar seus produtos) contêm algum tipo de erro de grafia?

Equívocos de digitação e desconhecimento da língua pátria (o que dirá de outras) forjaram termos como ‘home teacher’, ‘gravides’ e ‘Maiami’. Todos são entendidos perfeitamente pelos sistemas de pesquisa.

No nosso mundo, até o deslize gramatical leva ao lugar correto.

Lucidez, recusa, ironia e obstinação: a liberdade de imprensa para Camus

Obrigatório: o manifesto sobre a liberdade de imprensa redigido por Albert Camus em 1939 e que ficou engavetado até agora.

Nele, o francês estabelece quatro pilares para o livre exercício (“mesmo sob censura”) da profissão: lucidez, recusa, ironia e obstinação.

“Se ele [jornalista] não pode dizer o que pensa, pode não dizer o que não pensa ou o que acredita ser falso. E é assim que se mede um jornal livre: tanto pelo que diz como pelo que não diz”.

Ponto final.

Redefinindo a busca

Boas informações agregadas sobre a Wikipedia, o maior projeto colaborativo da história da internet.

Livro debate o jornalismo comunitário

A Unesco disponibilizou na rede, de graça, o livro Community Media: A Good Practice Handbook, organizado por Steve Buckley.

A obra, focada em rádio, se debruça sobre experiências de jornalismo comunitário. Vale a pena dar uma passada de olhos.

Como os sites de mídia social ganham dinheiro

Um infográfico para tomar com cuidado (há dados de origem não confirmada), mas algo é algo…