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O buraco negro do direito de resposta

Projeto de lei que versa sobre o direito de resposta sancionado nesta quarta (12/11) pela presidente Dilma Rousseff tem dois aspectos interessantes a se levar em consideração no que diz respeito à digitalização da informação.

Primeiro, explicita que não abarca comentários em sites, ou seja, deixa de fora um manancial importante de calúnia e difamação com a qual a mídia formal jamais soube lidar.

Mais importante, o projeto trata especificamente de “empresas jornalísticas”, o que exclui blogs e outras iniciativas pessoais – como perfis em redes sociais. Um buraco negro sem fim.

Um jornal contra Hitler

Registro o lançamento do livro “A Cozinha Venenosa – Um Jornal contra Hitler”, que narra a trajetória do Münchener Post, publicação que fiscalizou e denunciou Adolf Hitler enquanto seu projeto de poder apenas dava os primeiros passos na Alemanha.

A obra é de autoria de Silvia Bittencourt

O jornal foi empastelado e fechado definitivamente 40 dias após o Führer assumir o comando do país.

Watergate e agenda setting

Um breve estudo sobre a teoria da agenda setting usando como exemplo o caso Watergate. Mais uma excelente dica de Gerardo Albarrán.

A privacidade é um estado de espírito

O livro Privacy: A Very Short Introduction, de Raymond Wacks, finalmente trata o tema do ponto de vista menos subjetivo: a lei.

E a conclusão, interessantíssima, é que privacidade nada mais é do que um estado de espírito: ela costuma ir exatamente até o ponto em que você permite que ela vá.

Fotojornalismo e a plataforma on-line na Líbero

Mais um número da Líbero, a revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Faculdade Cásper Líbero, está no ar.

Com coisas bacanas como La contribución del fotoperiodismo al desarrollo de los medios online, de Rosa Franquet i Calvet e María Isabel Villa Montoya, entre outras.

Dissecando o papel cerebral

Nem bem terminei a leitura do sensacional The Shallows: What the Internet Is Doing to Our Brains, de Nicholas Carr (que mostra como nosso cérebro é “elástico” e vai se moldando de acordo com nossos hábitos e tarefas), e me deparo agora com Neuromania: On the Limits of Brain Science, de Paolo Legrenzi e Carlo Umlitá.

Neste, os autores vão um pouco mais fundo na descrição do que acontece quando nosso cérebro trabalha _um pouco mais além de infografias coloridas e imagens animadas de explosões neurais.

Observatório de Mídia e Política da UnB no ar

Já está no ar mais uma edição do Observatório de Mídia e Política da Universidade de Brasília, agora discutindo a cobertura do assassinato de Osama Bin Laden e, ainda, a inclusão digital no Brasil, tema dos mais relevantes no momento em que cerca de 120 milhões de brasileiros ainda não estão conectados.

Perspectivas da pesquisa em comunicação digital, o livro

O livro “Intercom Sul 2010: perspectivas da pesquisa em comunicação digital”, com textos de 31 pesquisadores brasileiros, já está disponível para download.

Ainda não tive tempo de avaliar a obra (são mais de 600 páginas!), organizada pelos colegas Maria Clara Aquino (Ulbra), Adriana Amaral (Unisinos) e Sandra Montardo (Feevale).

O trabalho é resultado da Divisão Temática Comunicação Multimídia e do grupo de Comunicação e Multimídia do Intercom Júnior do XI Intercom Sul, que aconteceu em maio do ano passado, na Feevale.

Para degustar com calma, num domingo, vai bastante bem.

A caminho de uma nova teoria dos gêneros jornalísticos?

Ana Mancera Rueda explica, no Sala de Prensa, a quantas anda a compreensão e a discussão, na Espanha, sobre as formas pelas quais nos manifestamos jornalísticamente (reportagem, entrevista, editorial, artigo etc, os famosos “gêneros”).

É uma das disciplinas que atualmente ministro na Faap. Aqui no Brasil, infelizmente, estamos muitíssimo atrasados com relação ao assunto.

Desde Marques de Mello, os gêneros cresceram _e não vão parar de crescer graças ao avanço tecnológico.

Caminhar na direção de uma nova teoria dos gêneros, como esboça Mancera, é tarefa complexa, porém altamente necessária.

ATUALIZAÇÃO: Por uma omissão imperdoável (quem me deu o puxão de orelha foi o colega Rogério Christofoletti), esqueci de mencionar o trabalho da pesquisadora Lia Seixas, referência importante na bibliografia do próprio curso mencionado acima, da mesma forma que a tentativa comparativa de Manuel Chaparro em “Sotaques d’aquém e d’além-mar – Travessias para uma nova teoria de gêneros jornalísticos”, que tenta observar semelhanças e diferenças entre o jornalismo praticado no Brasil e em Portugal.

Notícias do jornalismo cidadão


Enquanto isso, pelo menos sobrevoe um estudo sobre jornalismo cidadão bem interessante.

Com a conclusão que já é consenso: a relação e cooperação profissional/amador só melhora o jornalismo.