Arquivo do mês: janeiro 2013

Qual mídia social é ideal para os seus planos?

Tente descobrir no infográfico abaixo. Não se assuste com o uso da palavra “negócio”. O jornalismo é, antes de tudo, um negócio. Sem preconceitos.

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A Wikipedia não é mais aquela

Essa dica é do sempre atento Silvio Meira: artigo feito a oito mãos e publicado no final do ano pela American Behavioral Scientist (publicação especializada em artigos acadêmicos sobre comportamento humano) analisa a ruptura do modelo de colaboração que tornou a Wikipedia o que ela é hoje.

O estudo aponta que o complicado processo de admissão de contribuições tem assustado potenciais colaboradores – na verdade, sempre foi assim, mas aparentemente antes havia mais gente disposta a superar as barreiras às vezes intermináveis dos admins exercitando seu pequeno poder.

Há outro aspecto para justificar a crescente diminuição de voluntários (ao menos na Wikipedia em inglês): a demanda cada dia menor pela concepção de novos verbetes. Mas essa é outra história.

O julgamento da história

Os jornalistas serão avaliados pela audiência de suas reportagens na internet? É o que pergunta o veterano editor Jim Amoss em  entrevista  aos 60 Minutes – programa de TV criado em 1968 e que resiste aos tempos…

O organizador do caos informativo

A revelação de que quase 60% do tráfego de grandes sites noticiosos nos EUA provém de homepages e capas internas é uma forte evidência de que o critério jornalístico ganha, não perde, relevância quanto mais a tecnologia permite a todo mundo ser seu próprio editor.

A expertise jornalística na hierarquização e avaliação de notícias é algo que interessa e muito aos que estão envolvidos com a nova esfera pública de manifestação. Ainda que seja para discorrer negativamente em seus foros de discussão.

Nosso trabalho caminha celeremente nessa linha: um organizador do caos informativo.

Circulação de jornais impressos aumenta – graças ao digital…

Não valeu: a ANJ anunciou com pompa que a circulação dos jornais brasileiros cresceu 1,8% em 2012.

Estaria tudo ótimo se dentro desse número não tivessem sido incluídas as edições digitais – que, juntas, representaram 3,2% dessa mesma circulação total.

Ou seja: a entidade patronal está recorrendo a uma maquiagem para dourar a pílula do jornalismo impresso.

Um jornal para crianças

Isso aqui é bem legal: o Tokyo Shimbum desenvolveu um aplicativo que, utilizando a realidade aumentada, “traduz” o noticiário para as crianças e torna a aridez do jornal impresso algo muito mais divertido.

O objetivo é o de sempre: tentar conquistar os “leitores do futuro”. Funcionará?

Liberdade de expressão e mídia social

Liberdade de expressão sobre o ambiente de trabalho em redes sociais. É isso que o National Labor Relations Board (a agência que regulamenta as relações de trabalho nos EUA) está discutindo neste momento. E, ao que tudo indica, com plena simpatia à causa dos empregados.

Em decisões recentes, ao avaliar recursos de pessoas demitidas por terem feito referências ao trabalho em sites como o Facebook, o órgão considerou ilegais quaisquer restrições a esse tipo de manifestação.

O movimento, agora, é fazer grandes corporações reescreverem suas regras de comportamento interno em mídia social excluindo tudo aquilo que a agência considera abusivo. Por exemplo, proibir o direito há muito tempo garantido pela Constituição de que trabalhadores discutam em público problemas relacionados ao emprego.

Há níveis entre o que pode e o que não pode – e as sutilezas são grandes, como mostra matéria do New York Times.

A participação do público na TV Globo

Acho muito legal a série “Parceiros”, pelo qual a TV Globo estimula jovens não-jornalistas a produzir conteúdo jornalístico relacionado à comunidade onde vivem.

A emissora é, de longe, quem mais está dando voz ao seu público, mergulhando de cabeça na concepção da participação das pessoas no processo de constituição do noticiário. É um caminho sem volta.

O único porém: o treinamento que esse pessoal recebe, de alguma forma, pode adestrá-los como repórteres, fazendo com que a gente perca justamente o que é mais bacana na colaboração: a ausência de vícios que os profissionais carregamos.

Manual antiprocesso

Sempre brinquei que o melhor currículo do jornalista é sua quantidade de processos – quanto maior, mais ele incomodou.

Porém o uso de ações de calúnia e injúria como ferramenta de censura está chegando às raias do insuportável.

Daí que é bem-vinda a iniciativa de se criar um manual (em espanhol) para tentar manter os jornalistas fora do banco dos réus por esses motivos.

Vaga para estagiário na Economist. Estagiário cientista, por favor.

Essa vai direto para aqueles que defendem com unhas e dentes o diploma de jornalismo e ficam fulos da vida quando veem um ex-atleta comentando jogos na TV: a The Economist, muito provavelmente a melhor revista do mundo, abriu mais vez o processo seletivo para um estágio de três meses em sua editoria de tecnologia.

Pois bem, o edital é claro: a revista não quer um estudante de jornalismo com interesse em ciência, mas sim um futuro cientista que goste de jornalismo.

Não é por acaso que o conteúdo produzido pela publicação está em outro patamar.

Quem sabe, sabe.