Arquivo da tag: jornalismo visual

Charlie Hebdo eterno

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Os criminosos que perpetraram a chacina do semanário francês Charlie Hebdo, que inspirou gerações de jornalistas-cartunistas pelo mundo (como a nossa turma de O Pasquim), não sabem o que fizeram.

Na tentativa de calar, notabilizaram e globalizaram uma mensagem que tem o desprendimento, muito antes da liberdade, como o maior trunfo.

Mais Charlies Hebdos virão. E o original ingressou numa santificada galeria. Certamente não era isso que queriam os matadores.

ATUALIZAÇÃO: Para ilustrar o que escrevi acima, o advogado do Charlie Hebdo informou nesta quinta que a próxima edição da publicação (moribunda como vários outros impressos e estagnada em 60 mil exemplares) terá 1 milhão de cópias.

Uma visualização de dados

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Uma interessante visualização de informação proposta pela Al-Jazeera.

Boa, ruim? Você decide.

China: a história em imagens

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Na China, ainda hoje o trabalho jornalístico segue regras rígidas e impostas pelo governo. Imagine na Revolução Cultural (1966-1976), período em que Mao Tse-tung tentou riscar do mapa qualquer arremedo capitalista no país a custa de perseguição política e muitas mortes.

O fotógrafo Li Zhensheng olhava (e clicava) para onde era proibido, e assim construiu um acervo de imagens surpreendentes sobre aquele período tão sombrio quanto único.

Sua coleção de negativos é história pura. E ele próprio, um ótimo contador de histórias.

Jornalismo ilustrado ganha revista

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O jornalismo ilustrado ganhou um ilustre (com o perdão do trocadilho) representante: a revista Symbolia, disponível desde o começo da semana nas versões PDF e tablet.

A publicação nasce tendo na mira um público de leitores de comics, jornalistas e amantes da tecnologia em geral.

Saudações para uma boa novidade que se insere no campo das novas narrativas jornalísticas. Que dure.

As origens do jornalismo visual

Bem legal: conhecer o passado para entender o futuro do jornalismo, como mostra o El Pais.

Lembrei do Estadão e de seus gráficos históricos, que foram motivo de comentário por aqui em 2009.

A penetração global das redes sociais

Faltou publicar, aqui, o mapa com a evolução da penetração de vários sites de redes sociais de junho de 2009 a dezembro deste ano.

Interessante que Rússia, China e Brasil, uma fatia de mais de 600 milhões de usuários de internet, ainda não tenham se rendido ao fenômeno Facebook.

Note como, no país do leste europeu (e só lá), a dominação é do Kontakte, casos da China (Q Zone) e Brasil (Orkut).

Jornalismo visual: os segredos do NYT

Qual o segredo do New York Times para conceber algumas das peças de informação visual mais bem-sucedidas (ou seja, funcionais) da web global?

É o que conta o editor Steve Duenes neste vídeo, com direito a muito making of recapitulando o ponto alto da produção do jornalão (que acredita que a plataforma on-line será sua mais importante fonte de renda em dez anos).

Dois jornalistas visuais que você não conhece, mas deveria

Emprestei o título do Multimedia Shooter, que tantas vezes já nos deu boas dicas, porque realmente o trabalho de Daniel Mercadante e Maise Crow merece atenção.

Na verdade, acho que só vendo: a fotógrafa e pesquisadora mescla imagens novas e antigas em ótimos slideshows. Mercadante é adepto do vídeo como arma para se contar uma história.

A Life Alone e Everynone estão, disparado, entre alguns dos melhores trabalhos que vi neste ano.

Desfrute.

Bons exemplos de jornalismo visual e newsgame

A intrépida Mindy McAdams selecionou 21 exemplos (aquela coisa americana de números irregulares) de infografias interativas em flash, algumas bem simples, mas todas detentoras de algo muito importante: o foco na informação, sem espetacularização da notícia.

Amei o caça-níquel do Las Vegas Sun (jornalismo hiperlocal é isso!) que mostra quais as suas chances de perder (a longo prazo você sempre vai perder) brincando numa das maquininhas que o Brasil discute se deve reabilitar _o projeto da volta dos bingos e videojogos está nas mãos da Câmara.

Jornalismo serve exatamente para isso, muito embora o uso do flash, em vários momentos (o newsgame ainda é um incompreendido), sugira entretenimento.

Também pode ser. Mas aí deixa de ser jornalismo.

Um guia de design para novatos _mas que experts podem garimpar coisas valiosas

Páginas e mais páginas com dicas no estilo “faça” e “não faça”, comparativas. É o The Wall Street Journal Guide to Information Graphics, livro bacana _mas que pode parecer repetitivo pra quem já conhece muito o riscado: há coisas valiosas, mas tem de garimpá-las.

A obra não traz gráficos do jornalão, mas é assinada por Dona M. Wong, ex-editora de Arte da publicação. Tem tanto texto quanto exemplos gráficos e, em resumo, mostra problemas (e soluções) em infografias que vemos publicadas todos os dias em qualquer jornal.

Como tudo que realmente é útil em design, o livro é uma espécie de guia do bom-senso. Para experts e garimpeiros.