Andrew Keen, uma das poucas vozes contrárias à colaboração, à inteligência coletiva e à livre troca de arquivos na Web, deu uma pista sobre seu novo livro.
O primeiro, “The Cult of the Amateur“, se transformou num clássico da contracorrente (e também do mau humor), criticado até as últimas consequências pelos entusiastas do livre conhecimento.
Agora, se levar adiante o que propôs (que pode, logicamente, ser uma grande brincadeira ou jamais vingar), Keen vai tocar numa ferida tão grande quanto: depois da produção da Internet, seu maior expoente, o Google.
Sua tese é “quanto mais o Google mata a indústria editorial tradicional com o conteúdo gratuito que vem de sua máquina de busca, mais livros serão escritos sobre o papel central do Google em nossa nova economia digital”.
Diz ele que ideia surgir após dois recentes lançamentos que têm o gigante da Web como protagonista. “What Would Google Do?“, de Jeff Jarvis, considera a empresa a única que mostrou competência para sobreviver na era digital _e tenta transportar seu modelo de negócios para todas as atividades profissionais.´
“Elsewhere USA“, de Dalton Conley, mostra uma imagem quase religiosa do Google, um lugar onde os funcionários “comem, dormem, se socializam e se divertem”.
Agora, diz Keen, só falta achar um editor que o pague para escrever um obituário de 65 mil caracteres sobre o próprio negócio deles…