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O mea-culpa de O Globo

Muito importante o editorial do jornal O Globo no qual o veículo admite que ter apoiado o golpe militar de 1964 foi “um erro”.

“Desde as manifestações de junho, um coro voltou às ruas: “A verdade é dura, a Globo apoiou a ditadura”. De fato, trata-se de uma verdade, e, também de fato, de uma verdade dura”, começa o texto, um produto da era da transparência total – imposta pelo avanço tecnológico.

Mais. “À luz da História, contudo, não há por que não reconhecer, hoje, explicitamente, que o apoio foi um erro, assim como equivocadas foram outras decisões editoriais do período que decorreram desse desacerto original. A democracia é um valor absoluto. E, quando em risco, ela só pode ser salva por si mesma”.

Palmas.

O Globo está todo na rede

Não posso deixar de mencionar que todo o arquivo do jornal O Globo, um dos mais importantes do país, agora está à disposição de todos nós graças à digitalização do acervo.

Viva!

O Globo de cara nova

Estreou ontem a nova home de O Globo _e um novo conceito on-line, priorizando a apuração/checagem acima da velocidade que muitas vezes joga um papel negativo no dia a dia em tempo real.

Google+, um museu de grandes novidades

Ninguém me tira da cabeça que o Google+ é a ressurreição do Google Wave, que aliás não deu certo.

É muito difícil concorrer com o Facebook. E a grande pergunta: é necessário?

Não seria mais lógico pensar em produtos que possam ser utilizados em associação uns com os outros, do que meramente em cópias?

ATUALIZAÇÃO: Hoje, em O Globo, Pedro Doria analisa o tema com mais profundidade.

O dia em que os arapongas da ditadura descobriram como se faz um jornal diário

Simplesmente saborosa a descoberta do repórter Jailton de Carvalho, de O Globo, que revelou em sua edição de ontem o patético relatório produzido em 1972 por arapongas da Aeronáutica intitulado “Elementos suspeitos no O Globo”.

Nele, agentes infiltrados no jornal relatam que “elementos agitadores e subversivos” vinham tomando conta de postos-chave na redação do periódico carioca.

Gente esquisita como um “comunista que tem a seu cargo ler todas as matérias e, se achar que não estão boas, manda o repórter reescrever, modificando-a a seu gosto”. Prazer, araponga, esse aí é um editor.

Em outro trecho de antologia, o serviço secreto estranha que houvesse “notícias divergentes” entre uma edição e outra do jornal. Meus caros espiões, sejam bem-vindos ao segundo clichê.

Óbvio que o relatório carrega a paranoia típica dos anos de chumbo, mas revela também que o jornalismo é mesmo quase impenetrável para os leigos.

Em 1933…


…até Lampião, no sertão nordestino, lia jornal impresso.

(fotografia sensacional do acervo do jornal O Globo)

Folha e Super Notícia encabeçam vendas

Saiu o IVC de novembro, com Folha (311,4 mil exemplares em média), Super Notícia (311,1 mil) e O Globo (282,1 mil) nas primeiras posições.

Mais informações na própria Folha, para assinantes.

A última do link patrocinado, a revanche

Aconteceu de novo _e outra vez no site do jornal O Globo.

Uma matéria que conta uma situação dramática (uma menina que ficou presa numa máquina de lavar roupas) ganha o indesejável acompanhamento de links que vendem o eletrodoméstico.

Problemas do uso de palavras-chave patrocinadas no jornalismo, já abordada aqui. Um erro, não pode.

(A dica é do solerte Everton Maciel).

Jornal impõe restrições em perfis pessoais de seus profissionais na web

O Globo divulgou na quinta-feira o que chama de “Estatuto das Eleições 2010“.

No conjunto, são medidas absolutamente dentro do bom senso, como sugerir aos seus jornalistas que não usem “distintivos, camisetas ou qualquer peça de propaganda de candidatos”.

A peça de dez regras e alguns adendos, porém, faz marcação cerrada contra os perfis pessoais dos funcionários em sites como Twitter e Facebook, porque “na prática, qualquer conteúdo publicado nas redes sociais poderá ser associado à linha editorial do jornal”. É? Se for, é um erro de quem faz a associação.

As restrições vão além e versam até sobre prática do retweet e adição de “amigos”.

“No caso específico do uso de Twitter e/ou outros microblogs, fica vedado ao funcionário do GLOBO a prática de reenvio (“retweets”) de conteúdos publicados por partidos políticos ou candidatos. Também não será permitido usar o serviço para propagar links para sites (pessoais ou institucionais) que contenham propaganda político-partidária, ou que sejam tanto ofensivos quanto elogiosos a determinado candidato.

Se, por necessidade profissional, jornalistas precisarem adicionar candidatos ou partidos políticos como “amigos” em páginas do Facebook, Orkut e demais sites de relacionamento, devem fazê-lo de forma equilibrada, evitando restringir a prática a apenas um determinado candidato ou partido. As inclinações políticas de jornalistas do GLOBO não devem aparecer também em seus perfis pessoais nesses e em outros sites de relacionamento.”

Da forma que foi redigido, o estatuto invade um terreno perigoso _e indefensável.

Outras restrições, em outros veículos, certamente virão.

Uma charge genial vale mais do que um milhão de palavras

Os Beatles na Abbey Road seguem Lula e seu isopor cheio de energéticos (Chico Caruso, capa de O Globo de 8/1/2010)

Os Beatles na Abbey Road seguem Lula e seu isopor cheio de energéticos (Chico Caruso, capa de O Globo de 8/1/2010)