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A beleza dos jornais feios

“Prefiro a imprensa paquistanesa ao The Guardian”. Muito boa a provocação do designer Javier Errea, para quem jornais feios são muito mais instigantes que aqueles cheios de pirotecnias gráficas. Para pensar.

A hora do design responsivo

O design responsivo (aquele que adapta seu conteúdo a qualquer tamanho e tipo de tela) é a solução que hoje me parece mais adequada para qualquer entrega via dispositivos móveis. Abaixo, alguns insights sobre ele.

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SP debate o design gráfico

São Paulo recebe na semana que vem alguns dos nomes mais importantes do design gráfico num evento que já se tornou um clássico a cada dois anos.

O recado aqui é um lembrete: não deixe de aparecer na conferência prevista para o dia 15, sábado. Faça sua inscrição, é de graça!

Uma proposta de redesenho do calendário


Parece algo louco – e é. Mas é da loucura que saem as grandes e ousadas ideias: nesta, a apresentação linear dos dias do mês tem o sentido de nos mostrar que nada como dia após o outro (no clássico, as semanas empilhadas no dão a sensação de que tudo vai recomeçar no quadrante de baixo).

Faz sentido? Gostaria de ouvir o mestre Alberto Cairo sobre o tema…

Pinterest já influencia o webdesign

O furor do Pinterest continua: a rede social de compartilhamento de imagens e links já está influenciando no design de publicações em linha.

Quando notícias velhas ressuscitam – e um antídoto para isso

O relato de que as notícias mais lidas no jornalão inglês The Independent tinham mais de dez anos – fato que ocorreu outro dia e se repetiu com o El Pais, agora – exibe mais do que o poder viral do Facebook e sua nova função de compartilhar o que está lendo com seus contatos.

É fato que a maioria das pessoas simplesmente não consegue se dar conta se uma notícia é nova ou velha. Nem mesmo quando a data da publicação dos textos está lá, escancarada, consegue-se livrar da ressurreição viral de notícias que deixaram de sê-lo por conta do excesso de mofo.

Neste aspecto, o G1 (portal de notícias mais acessado do país) tem um antídoto que ajuda a prevenir essas ondas de má informação: o site não atualizou os templates de suas páginas anteriores ao atual projeto gráfico, de 2011.

Portanto, se deparar com uma notícia antiga é, antes de tudo, uma experiência visual que, no mínimo, provoca algum tipo de estranhamento (como este aqui, por exemplo).

Ótima ideia.

O Globo de cara nova

Estreou ontem a nova home de O Globo _e um novo conceito on-line, priorizando a apuração/checagem acima da velocidade que muitas vezes joga um papel negativo no dia a dia em tempo real.

O desenho do Twitter

Vítor Lourenço, um dos primeiros funcionários do Twitter, fala sobre o design da ferramenta _de fato, seu ponto forte.

Vem redesenho por aí? As especulações já começaram

Contra crise, Wikipedia se mexe

É possível ter um visual ainda mais leve do que o da Wikipedia, o maior projeto colaborativo da história da internet?

Sim, e quem tenta isso é a própria Wikipedia.

Está em curso um referendo para que usuários mais ativos do site opinem sobre a conveniência de se criar um “filtro de imagem pessoal opcional” que permitirá ao usuário acessar as páginas sem necessariamente visualizar nada além do texto.

“O recurso se destina a beneficiar os leitores e será feito do modo mais amigável e simples possível”, informa a fundação que administra a enciclopédia participativa.

Se há alguma crise na Wikipedia, ela não é de audiência (é o sétimo endereço mais acessado do planeta, segundo o ranking da Alexa).

O projeto de Jimmy Wales está desidratando na ponta mais importante, os colaboradores, que têm diminuído de forma consistente.

Um dos motivos, segundo seu criador , é bacana: “a verdade é que há cada vez menos verbetes para incluir no site”.

O outro, mais sério (e que considero a pista certa): o excesso de regras e formalismos afasta usuários menos experientes.

Ainda vamos ouvir falar muito da Wikipedia.

Design de notícias e o declínio do jornalismo impresso

O veterano jornalista Alan Mutter (que se autointitula newsosaur _na minha tradução, “noticiossauro”) faz uma observação interessante: em 1995, a Society of News Design destacava 12 jornais americanos entre os melhor diagramados e com visual eficiente no mundo. Em 2010, não havia mais nenhum.

Mais: desde 2000, só três publicações impressas norte-americanas ganharam o prêmio principal da entidade que reconhece a excelência no design de notícias e no jornalismo visual _porque não dizer, também na usabilidade, que não é um conceito restrito a produtos on-line (facilitar a tarefa do leitor é um problema de todos nós, em rede ou off-line).

E daí? E daí que “um bom design é mais do que um simples doce para o leitor”, diz Mutter. Ele aponta essa crise (mais uma) na indústria do impresso como outro motivo para o declínio alarmante das circulações no hemisfério Norte.

O bom design é bom para o leitor e para os negócios, finaliza Mutter, que posta uma interessante palestra do designer Jacek Utko, um dos paladinos da ideia de que arquitetura da informação e desenho de notícias podem, efetivamente, colaborar com a modernização (e perpetuação) do produto impresso.

Em tempo: Mutter é o autor da “regra dos 30%”, uma das constatações mais interessantes sobre papel e on-line e que relaciona o declínio das circulações ao momento em que o acesso à banda larga residencial chega a 30% da população de um país. Não foi desmentida até agora, com exceção do Japão, que é exceção para tudo.