Veja como as coisas funcionam: no dia 26, em editorial (aquele gênero em que os veículos de comunicação se posicionam sobre os fatos), a Folha de S.Paulo cobrou duramente o governo estadual e a Sabesp sobre a crise hídrica em SP.
Dias depois, o governador visita o jornal (veja na última nota da coluna Painel).
Mais um dia e, fechando o ciclo, o secretário estadual de recursos hídricos concede longa entrevista garantindo que até as próximas águas de março não há o menor risco de racionamento.
Para quem ainda não entendeu, é esse o principal ativo do jornalismo impresso. E que ainda não foi dizimado pelo avanço tecnológico.