Arquivo do mês: janeiro 2012

O que fazer com os trolls

Uma das coisas mais velhas da internet – e contra a qual conseguimos evoluir pouco ou nada para combater – é a praga dos trolls.

Dolores Vela discorre um pouco sobre a motivação destas pessoas em estragar de caixas de comentários e perfis em redes sociais com intervenções impróprias.

A triste conclusão: a adesão de trolls é uma admissão de sucesso. Eles não aparecem em sites que estão às moscas.

NYT divulga publicador na web em desenvolvimento

O The New York Times divulgou a versão demo da ferramenta de publicação que está desenvolvendo para a web.

Como de hábito, o código é aberto.

E depois ainda perguntam por que o jornal está anos-luz à frente dos outros também nos assuntos on-line.

O Twitter é pra você?

Tanta mentira e boato circulando neste domingo no Twitter que me lembrei de um infográfico que, como numa espécie de jogo, testa se a plataforma realmente é boa pra você.

Como os publicitários se veem?

Como fizemos isso com os jornalistas, cabe agora homenagear nossos colegas…

Aprendendo a jogar

Responsável pelas operações do Facebook na América Latina, Alexandre Hohagen dá um choque de realidade em gente que, a exemplo de Carlos Nascimento, ficou indignada com o buzz provocado por Luíza, a que estava no Canadá.

“A nova mídia na verdade não determina qual a profundidade ou quais temas interessam mais para a sociedade. Novas tecnologias e plataformas digitais permitem, sim, o acesso ubíquo a um número muito maior de assuntos. Se assuntos como o intercâmbio de Luíza se tornaram relevantes, é resultado do que a sociedade se interessa em ler e compartilhar”.

Nascimento (a quem respeito muito), na verdade, está zangado porque não é mais ele quem define o que seu público vai ver, comentar e passar adiante.

Nova classe média impulsiona venda de jornais no Brasil

Mais uma vez o bordão “é a nova classe média” serve de explicação, agora para o satisfatório resultado dos jornais impressos brasileiros, que em 2011 registraram um consumo 3,5% superior ao de 2012.

O detalhe aí é que foi a venda de jornais populares (os que custam menos de R$ 2) o que garantiu o fechamento (e num belíssimo azul, dadas as circunstâncias) positivo da mídia impressa.

Sabíamos, e faz tempo, que a ameaça ao jornalismo em papel (realidade na Europa e nos Estados Unidos) ainda está longe de acossar nações emergentes como a nossa.

Dados como os revelados agora mostram exatamente o ponto.

 

As marcas estão desvalorizando as redes sociais

Quanto vale um follower ou um like? Muito mas, em várias vezes, nada.

Excelente texto de Alexis Dormandy para o The Telegraph com uma conclusão: as marcas, com sua busca por uma única métrica (a quantidade de gente associada a suas páginas) estão desvalorizando as redes sociais.

Palmas para o Twitter

O Twitter fará seis anos em 2012 (foi criado em março de 2006), mas só explodiria mesmo um ano após lançado.

É por isso que e-book recém publicado na Colômbia festeja os cinco anos “da ferramenta que virou plataforma” e mudaria a maneira como nos relacionamos a rede.

A obra é de autoria de Bárbara Pavan, Elías Notario, Juan Jesús Velasco, Inti Acevedo, Miguel Jorge, Carlos Rebato, Eduardo Arcos e Marilín Gonzalo, que organizou a publicação.

De toda forma, o momento do Twitter agora é de reflexão: todo mundo já descobriu que ele infla demais seu sucesso (os alegados 100 milhões de usuários seriam muito, muito menos) e que precisa verdadeiramente de uma novidade para sair da estagnação.

É o desafio de 2012.

Vada a bordo, cazzo

Meios on-line não podem ignorar o que se passa na internet e afins (leia-se aplicativos móveis). É seu habitat.

Por mais que eu ache que estamos cedendo fácil demais à webceleb da vez, é uma obrigação de quem cobre o mundo pendurado num aplicativo ou na rede explicar aos frequentadores de seus ambientes o que se passa ao redor.

O episódio Luíza dá outro indício de que inevitavelmente nos colocamos em nossa nova (ainda?) posição: somos reféns de quem, por séculos, foi escravizado por nós.

O controle não é da mídia, é do consumidor.

A ponto de mestre Carlos Nascimento, que entende do riscado, esbravejar.

Não definimos mais o que nosso público acha relevante. Ao contrário, temos de nos dobrar às irrelevâncias (em nossa visão) que o público nos força a discorrer.

Vada a bordo, cazzo.

Jornalistas sem edição

Parece que o romance “Os Imperfeccionistas”, do ex-jornalista Tom Rachman, retrata como nunca as agruras desta profissão amada.

Ao menos é que descreve meu amigo Fabio Victor em resenha publicada ontem pela Folha de S.Paulo.

Só jornalistas conseguem reproduzir esse hospício diário com fidelidade.