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Os apps e a interação com as pessoas

Um aplicativo, convenhamos, é um produto de difícil aderência como peça estratégica de comunicação digital porque exige, por óbvio, que o público o possua em seu smartphone.

E como você convence as pessoas a baixar uma aplicação?

Há dois meios básicos. O primeiro é oferecer um serviço realmente indispensável (exemplo, Waze). O outro é ir direto ao bolso, acenando com vantagens pecuniárias para quem instalar o app (caso de promoções só acessadas via aplicativo).

Simultaneamente a esse cenário árido, o avanço da tecnologia PWA reabilitou, em boa medida, o app como peça de enxoval de comunicação. Por meio dela, é possível mimetizar na web as funcionalidades de um aplicativo, acabando com downloads e proporcionando ao usuário a mesma experiência, só que web based.

Tudo isso para mencionar um bom podcast da eMarketer que discute precisamente quais são os maiores erros que cometemos na interação com as pessoas via app.

Desenvolvedores também perdem o encanto com o Facebook

Não é só a Globo: desenvolvedores também perderam o encanto com o Facebook. Num movimento relevante, estão deixando de trabalhar em aplicativos para o site de rede social.

O motivo, entre outras coisas, é o absurdo controle do ecossistema e, mais importante, o inevitável caminho ao mobile total – área em que o negócio de Mark Zuckerberg ainda está engatinhando (e, como em todos seus tentáculos, é leonino e devora seus fornecedores).

Um jornal para crianças

Isso aqui é bem legal: o Tokyo Shimbum desenvolveu um aplicativo que, utilizando a realidade aumentada, “traduz” o noticiário para as crianças e torna a aridez do jornal impresso algo muito mais divertido.

O objetivo é o de sempre: tentar conquistar os “leitores do futuro”. Funcionará?

Papel sucumbe no tablet

Sem pompa nem circunstância, e no 18º parágrafo de um release sobre diretrizes empresariais, o magnata da mídia Rupert Murdoch anunciou o fechamento do The Daily, diário (?) que criou exclusivamente para iPad (depois admitiu dispositivos movidos a Android) e que não ficou na praça nem dois anos –  estreou em fevereiro de 2011.

Na época, Murdoch havia dito que precisaria de pelo menos 500 mil assinantes para tornar o negócio (e uma redação de 120 pessoas) rentável. Pois o The Daily sai de cena tendo arregimentado, em seu auge, não mais que 100 mil clientes.

É evidente que uma série de obituários pululam, e pundits se perguntam o que deu errado no negócio.

De minha parte, acrescento duas impressões: a idiotice da reprodução do papel num ambiente em que isso não é necessário e o produto fechado em copas, como é tradição da NewsCorp, numa plataforma em que o compartilhamento faz parte do negócio.

Quem quer saber o que você está lendo?

Aplicativos que compartilham tudo o que você lê com seus amigos no Facebook, depois de uma expansão extraordinária, estão baixa.

E alguns jornais estão descobrindo isso amargamente, casos de Washington Post e The Guardian.

A verdade é que é muito inconveniente ficar o tempo todo dizendo o que se está fazendo.

Não sei quanto tempo ainda leva, mas esse culto ao eu e à superexposição, certamente, não são sustentáveis e estão com os dias contados.

Dez aplicativos bacanas para tablets

Uma lista bem digna elaborada pelo Journalistics.

Aplicativos jornalísticos para tablets

Alguns desta lista podem ser úteis. Outros, óbvios ou irrelevantes em português. Mas vale dar uma olhada.

Nem deciframos a web, vêm os aplicativos…

Falava em sala de aula na semana passada que nós, jornalistas, nem sequer aprendemos a exibir nossa produção na web e já aparece outra coisa, o aplicativo para dispositivo móvel, mais um lugar em que definitivamente o jornalismo precisa estar.

No mesmo dia, Alan Mutter (nosso velho conhecido) escrevia sobre o tema com uma detecção que me parece real: os jornais começaram ocupando muito mal essa nova fronteira, repetindo soberba e noviciato demonstrados quando da chegada deles à web.

A certeza nessa história toda é que começou outra guerra, como novas armas e estratégias que desconhecemos. E que o avanço tecnológico é interminável.