Duas anotações pessoais sobre o enfant terrible da hora dos sites de rede social, você me permite?
1) O Pinterest combate bravamente a ditadura do texto. Ali o contato com as pessoas que te seguem ou por você são seguidas é absolutamente dispensável. A comunicação se dá por meio de imagens.
Trocam-se escassas palavras, e na verdade o que você tem a dizer em texto pouco importa. Sua reputação é proporcional ao seu senso estético. Subjetivo.
Fazia falta uma rede onde falar com pessoas não é o foco.
2) Para um homem, acessar o Pinterest equivale a entrar no banheiro feminino. E é ótimo, passa a (falsa) impressão de que invadimos a cabeça das mulheres e entendemos seu mundo – ainda que enquanto elas olham cabelo, look e sapato, cobiçamos sex appeal, bunda e peito. Também gosto do Pint porque ele me dá a sensação de que sou o intruso espada do Saia-Justa, uma antiga aspiração.
O site pinta como um ponto de encontro estético bem simpático, sem chatices inerentes aos sites de mídia social que têm o texto – e nosso brilhante pensamento vivo – como principal funcionalidade.