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O plágio na infografia

plagiarism

O famigerado control c + control v, tão mencionado quando falamos de textos na internet é tão (ou mais) popular na infografia. Meu mestre Alberto Cairo tem falado constantemente sobre o assunto.

Inspiração não tem nada a ver com cópia.

A beleza da infografia estática

Mestre Alberto Cairo nos contou, na semana passada, uma coisa bonita: infografistas renomados que preferem trabalhos estáticos aos animados.

A explicação é singela: impressos, esses trabalhos chamam muito mais a atenção do consumidor (a quem, afinal de contas, é dirigido). Sem contar a ausência de botões ou outras informações escondidas atrás de abas.

Faz bastante sentido.

Jornalismo visual em discussão e prática em São Paulo

Pelo quarto ano, profissionais que zelam pelas boas práticas de jornalismo visual (designers, jornalistas, infografistas, fotógrafos e ilustradores, entre outros) se encontrarão no Lide (Linguagem, Informação e Design Editorial).

Nomes como Alberto Cairo, Javier Errea, Francesco Franchi e João Pequeno (com quem tive o prazer de trabalhar no experimental Clube News, em 1997, distribuído em grandes clubes sociais de São Paulo) participarão das discussões e de um inédito workshop na Faculdade Casper Libero, que abriga o evento nos dias 4 e 5 de novembro.

Estaremos lá, aliás.

Conversação sobre a infografia

Uma conversa entre Alberto Cairo e Stephen Few sobre o uso de infográficos no jornalismo. Cairo dispensa apresentações, enquanto Few é autor de dois dos principais livros sobre o assunto,  Show Me the Numbers e Now You See It.

 

“O jornalismo consiste em facilitar a vida dos leitores, não em entretê-los”, diz Few.

O jornalismo visual também para os jornalistas

Interessante a entrevista do mestre Alberto Cairo a Mario Tascón, no 233Grados.

De mais importante (e uma velha bandeira de Cairo), a necessidade de que o jornalismo visual seja praticado também por jornalistas, não apenas por ilustradores/artistas gráficos.

É por aí que nossos infográficos irão se aprimorar.

Alberto Cairo fala de jornalismo visual

O jornalista e infografista espanhol Alberto Cairo participou de bate-papo com os leitores da Época, revista que está ajudando a mudar a concepção visual _a página Diagrama, que coordena, é um belo exemplo disso.

Meu mestre no Master em Jornalismo Digital do IICS/Universidad de Navarra conversou longamente sobre o jornalismo visual com seus leitores. Vale por uma aula.

Infografista faz serviço completo e reconstitui, em texto e gráficos, naufrágio no Egito

Numa das muitas conversas e aulas que tive com Alberto Cairo por ocasião do Master em Jornalismo Digital Multimídia, ficou patente o distanciamento (cultural e de interesses, portanto) entre jornalistas “de texto” e os infografistas, aqueles que trabalham no departamento de “arte” _definição que causa calafrios em Cairo.

No geral, observamos nas redações um distanciamento quase completo entre as duas áreas. É cada um na sua, e pior, sempre praguejando contra o outro. É um dos motivos para que o jornalismo visual (uma necessidade impressa e um imperativo on-line) caminhe a passos tão lentos numa época em que tudo anda muito rápido, menos essa relação.

Assim como comentei um dia que se jornalista e nerd são a mesma pessoa as coisas têm mais chance de começar (e terminar) bem, se o infografista tem espírito de repórter há uma oportunidade desse abismo entre departamentos ser minimizado _claro, também investimos contra os colegas de TI, e eles contra a gente.

Bem, o infografista Emilio Amade, do espanhol El Mundo (aliás, jornal onde Alberto Cairo brilhou no comando da “arte”), arregaçou as mangas (permita um clichê, vai) e foi atrás de testemunhas de um naufrágio para recontar, em imagens e texto, a história do Coral Princess, que foi a pique em águas egípcias levando consigo dois mergulhadores espanhóis que viajavam num grupo de 14, mês passado.

Uma demonstração de que, na medida do possível e respeitando os perfis, existe a figura do jornalista multitarefa. Aquele praticamente capaz de fazer tudo.

É verdade que o jornalismo é um trabalho em grupo, e é belíssimo quando esse conjunto consegue ser amarrado com perfeição. Mas que a gente precisa de mais iniciativas como a de Amade, não resta dúvida.

Quentin Tarantino e receitas de bom conteúdo na web

O Multimidia Shooter descobriu o Guia Quentin Tarantino de bom conteúdo na web. Conteúdo jornalístico com J maiúsculo, diga-se.

Inspirado, o site lista nove trabalhos multimídia recém descobertos. Coisas finíssimas, como o projeto One in 8 Million do NYT, posteriomente replicado pelo Los Angeles Times. Perfis de moradores destas cidades. Simples e ótimo.

Ou o TCC de uma turma da Universidade da Carolina do Norte (onde leciona Alberto Cairo) nas Ilhas Galápagos, no Equador.

Entre as dicas há novos projetos, como o Videojournalism Movement.

É sério, vale olhar com tempo toda a lista.

A tirania do texto na internet

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Tenho conversado bastante, com o jornalista e professor Alberto Cairo, sobre o que ele denomina de “tirania do texto” nas narrativas jornalísticas na internet. É fato: são pouquíssimas as iniciativas que apostam em outras peças do jogo para contruir um relato noticioso.

Nós, jornalistas, parecemos ter um pouco de medo de nos livrarmos dos caracteres que decifram uma história jornalística. Provável sinal de que ainda não estamos seguros ao usar recursos visuais como o vídeo e infografias. Tirando as exceções de praxe, somos conservadores. Demais.

Mas Michael Gold, da editora que publica, entre outras, a revista PC World, tem uma visão bastante específica sobre o assunto. E coloca o texto acima de tudo. Segundo ele, a audiência é “preguiçosa, egoísta e impiedosa”. Gold cita um dado impressionante da navegação em home pages: que ela não passa de 30 segundos por usuário até o próximo clique. É nosso público querendo chegar o mais rápido possível ao ponto que lhe interessa.

Para isso, o texto é fundamental. E o argumento se baseia na busca, feita por palavras. E a busca é o principal acesso a tudo na internet hoje.

Num vídeo muito curto (menos de dois minutos), ele mostra algumas opções para satisfazer a essa audiência. Como usar títulos em no máximo 65 caracteres, e imagens menos pesadas nas páginas (evidentemente para acelerar o acesso ao conteúdo).

É aquela história: nada é certo ou errado. Tudo pode ser usado num determinado momento. Eu sou um dos defensores do jornalismo visual e de novas experimentações. Mas é inegável a clareza e objetividade que o (bom) texto podem proporcionar aos nosso clientes.