Arquivo da tag: iPad

Jornalismo ilustrado ganha revista

symbolia

O jornalismo ilustrado ganhou um ilustre (com o perdão do trocadilho) representante: a revista Symbolia, disponível desde o começo da semana nas versões PDF e tablet.

A publicação nasce tendo na mira um público de leitores de comics, jornalistas e amantes da tecnologia em geral.

Saudações para uma boa novidade que se insere no campo das novas narrativas jornalísticas. Que dure.

A lenta morte da Nokia

A Nokia, empresa finlandesa que investiu e popularizou o SMS, produziu – anos antes da Apple – protótipos de dispositivos muito similares ao iPhone e ao iPad que nunca chegaram ao público.

Não chegaram porque a cultura da companhia (que gastava rios de dinheiro com pesquisa e inovação) era a do medo: se o texto por celular dava certo e fazia da empresa um Olimpo do avanço tecnológico , pra que arriscar com essas geringonças que seus engenheiros apresentavam?

Hoje, a empresa caminha para a falência com um valor de mercado 98% menor do que o de outrora.

Mas vamos combinar: de que adiantariam iPhones e iPads que rodassem Symbian (um sistema operacional catastrófico) com uma oferta de aplicativos inclassificáveis, de tão defeituosos?

A Nokia deitou na fama do SMS e morreu.

A quem interessa uma nova versão do iPad?

É o que explora o gráfico abaixo, com base em entrevistas de usuários americanos. E uma ducha de água fria para nós: o consumo de notícias aparece no final da fila das prioridades de quem usa a versão 2 do tablet da Apple…

ATUALIZAÇÃO: Na caixa de comentários, meu amigo Rafael Capanema me avisa que o consumo de notícias na verdade aparece em 7º lugar (o que está lá pra trás é a leitura de revistas). Melhor, mas ainda assim…

Dez aplicativos bacanas para tablets

Uma lista bem digna elaborada pelo Journalistics.

Aplicativos jornalísticos para tablets

Alguns desta lista podem ser úteis. Outros, óbvios ou irrelevantes em português. Mas vale dar uma olhada.

O desafio do 1º jornal brasileiro só para iPad

Com noticiário basicamente colhido em outros veículos, pela internet, e agências de notícias que pululam na própria rede, que diferencial poderia ter o jornal Brasil 247 (os números significam as 24 horas do dia, sete dias por semana), o primeiro veículo brasileiro exclusivo para iPad?

Comandada pelos jornalistas Leonardo Attuch e Joaquim Castanheira e a reboque de um investimento de R$ 4 milhões, a publicação terá um árduo trabalho em busca de uma identidade única que a faça ser desejada (e baixada) pelos leitores.

É, diga-se de passagem, o grande desafio do jornalismo atual em meio ao oceano de informação.

Pronto: já estão achando que o tablet vai substituir o jornal

Demorou, mas começou a onda de análises que colocam os tablets (com o iPad na linha de frente) como os substitutos dos jornais.

A previsão é que 70 milhões de unidades do produto (das quais 50 milhões de aparelhos da Apple) sejam vendidos apenas nos Estados Unidos em 2011.

Em “The Newsonomics of tablets replacing newspapers”, Ken Doctor analisa ponto a ponto, e pela ótica econômica, a possibilidade real do tablet se transformar num produto a ser levado muito a sério pelo jornalismo.

Eu acredito nisso. Mas, de novo: não tentemos achar um substituto para o papel. O papel é insubstituível. Se ele continuará abrigando notícias, é outra história.

Livro analisa mudanças que a tecnologia impôs ao jornalismo

Numa era em que o avanço tecnológico deu uma imprensa particular para cada um, é impossível falar de jornalismo on-line sem abordar a participação do público.

O fim da fronteira entre mídia formal e a ex-plateia, como muito bem teorizou Jay Rosen (professor da Universidade de Nova York), é apenas um dos aspectos que a jornalista Magaly Prado aborda no livro “Webjornalismo”, lançado nesta semana pela Editora LTC.

Apesar de muitos jornalistas não terem percebido que seu trabalho mudou com a vida em rede, é óbvio que instâncias pessoais de manifestação (como os blogs) e a capacidade de vigilância e mobilização que a internet proporcionou às pessoas tornaram o fazer jornalístico um exercício de conversação.

Vivemos a época dos “‘produsers” _o termo é uma junção de produtor e usuário e foi cunhado em 2005 por Axel Bruns, autor de uma obra importantíssima para se compreender a transformação da profissão, “Gatewatching”, jamais traduzida para o português.

Com proposta didática e voltada para a sala de aula, Magaly discorre sobre essa nova e auspiciosa fase do jornalismo profissional, agora tocado a muitas mãos.

Mas é claro que a internet, onde a colaboração entre profissionais e amadores é muito mais evidente, também abriga práticas de jornalismo, digamos, tradicionais.

Com linguagem fácil e fragmentada (às vezes, fragmentada até demais), Magaly aponta boas práticas, mostra caminhos adotados no país e no exterior e, por meio de depoimentos de importantes profissionais da web brasileira (algumas vezes sem edição e publicados na íntegra), refaz a trajetória da plataforma desde 1995, quando desembarcou comercialmente por aqui.

Com cerca de 150 imagens, quase todas impressões de tela, o livro de Magaly também discorre sobre a chegada do iPad e sua influência na produção de conteúdo.

Ainda faltam, em português, obras que consigam abarcar toda a complexidade que a rede trouxe para o jornalismo. Mais difícil ainda é resumir, em papel, as vastas possibilidades do meio on-line nesta profissão tão antiga. O livro de Magaly é, nesse aspecto, uma boa tentativa.

WEBJORNALISMO
AUTORA Magaly Prado
EDITORA LTC
QUANTO R$ 40 (272 págs.)

(resenha que publiquei na edição de sábado da Folha de S.Paulo)

Apple não vê graça nenhuma em comercial bem-humorado de jornal dos EUA

Muita gente se divertiu _e não é para menos_ com a publicidade do Newsday, jornal de Long Island (EUA) que acaba de ganhar um aplicativo para iPad e brincou com a única função em que o produto perde para o bom e velho jornal impresso.

O que vem a seguir não tem a menor a graça: a Apple não gostou nada do comercial. E ameaçou o jornal com a exclusão da App Store (onde estão expostos os aplicativos) se a publicidade não fosse tirada do ar.

Em nota oficial, o Newsday confirmou a pressão e anunciou que “a curta e gloriosa trajetória” da fantástica peça se encerrou.

Impressionante a falta de humor de Steve Jobs…