Arquivo da tag: plágio

Roube como um artista: dê crédito

Finalmente os temas “inspiração” e “creditar” são tratados da maneira certa. Coube a meu mestre Alberto Cairo, provavelmente o maior infografista do planeta, abordar o assunto.

“A maioria das inovações se constituem na mescla de ideias existentes que atuam na criação de um novo objeto”. Ponto final.

Fotocópias: a discussão sobre a apropriação indevida na fotografia

Um blog que “denuncia” apropriações indevidas de fotos conquistou o primeiro lugar da categoria internet do prestigiado Prêmio Simón Bolívar, entregue anualmente na Colômbia.

O Fotocopias Colombianas está no ar há pouco mais de um ano e, no fundo, coloca sobre a mesa a discussão sobre o que é plagiar e o que é se inspirar – um conceito, convenhamos, bastante difícil de desenhar.

O vídeo acima mostra a editora de uma das publicações apontadas se justificando numa entrevista a uma emissora de rádio. E explana, com claridade, que as referências estão aí, aos milhões. Basta saber usá-las com critério.

A propósito, a história completa está no Ética Segura.

Jogo contra o plágio elenca regras de citação acadêmica

Grande dica de Arquimedes Pessoni: o Jogo do Plágio (em inglês) que, em formato de game, elenca as regras da citação acadêmica.

Ferramentas bacanas para detectar plágio

Boas dicas para descobrir se você está sendo “kibado” na internet. Já uso alguns destes sites para pegar aluos em flagrante delito…

Bradesco copia descaradamente o Itaú na TV

Você bem sabe que conheço pouco sobre publicidade _mais como consumidor, embora no jornalismo muitas vezes adotemos conceitos que nos permitam ampliar público e adesão ao nosso trabalho.

Percebi que na nova leva de comerciais televisivos do Bradesco os atores dos filmes imitam seus pares a serviço do Itaú, que há muito já desenhavam imaginariamente, com as mãos, a logomarca da instituição.

Como se fosse grande coisa, aliás.

Como consumidor, acho a cópia patética. Fosse resposável por contratar isso no Bradesco, já teria rompido o contrato com a agência.
Mas eu pouco entendo sobre publicidade, lembre.

Porque os jornais não usam a tecnologia para deter o plágio?

O episódio de plágio revelado esta semana pelo Painel do Leitor da Folha de S.Paulo _o presidente do PTB, Roberto Jefferson, republicou como se fosse seu um artigo do filósofo Olavo de Carvalho_ casa perfeitamente com texto recente de Craig Silverman que tenta entender o porquê de os jornais caírem tanto nessa trapaça.

“As redações estão mais interessadas em identificar quem está roubando seu conteúdo do que assegurar que o que estão publicando é original”.

É exatamente isso.

Silverman discorre sobre alguns serviços de detecção de plágio _vários deles não passaram pelo crivo de uma pesquisadora alemã, que apontou uma alarmante incidência de “falsos positivos”_ que seriam muito melhores se os clientes (ou seja, os jornais) complementassem a base de dados com seu próprio conteúdo.

Copyscape e SafeAssign são alguns destes serviços, e muitas vezes custam centavos por operação. Mas gastar não está na ordem do día da velha mídia. Melhor, talvez, seja comprometer sua credibilidade.

Assim como ocorreu com texto de colaborador eventual, acontece todos os dias no noticiário. É triste, mas é a realidade (e global).

Jornal vira o Ano Novo plagiando matéria

Entra ano, sai ano, e o jornalismo continua convivendo com os mesmos problemas. O plágio juramentado é o principal deles.

A prática se disseminou, e não culpe a internet e seus redatores repletos de tarefas: os jornais impressos copiam a web, e muito.  Ô se copiam.

O último caso que se teve notícia é evidente: o chileno La Tercera copiou descaradamente trecho de notícia postada num blog do argentino Clarín sobre o rali Dakar, que ocorre precisamente neste momento nos dois países.

Vergonha alheia básica, né?

A praga do control c + control v revisitada

ATUALIZAÇÃO:  a ferramenta indicada pela autora para a checagem de plágio está fora do ar. Como opção, é possível usar o Plagiarism Check.

É a maior crítica à plataforma on-line, não tem jeito. As facilidades de reprodução de palavras ou blocos de texto pelo computador transformam a Internet, muitas vezes, no paraíso da cópia. A culpa, evidente, não é da plataforma, mas dos desprovidos de idéias e vergonha na cara.

A jornalista e pesquisadora Raquel Recuero dá um bom exemplo ao relatar que texto de sua lavra foi copiado descaradamente pelo governo federal num edital.

Nas faculdades, é constante o número de trabalhos de alunos executado com base em propostas de outros, que têm seu trabalhado surrupiado sistematicamente.

Mais feio ainda é o jornalismo, atividade profissional em que o texto é a ferramenta básica, forrado de textos absolutamente copiados. E isso não ocorre apenas no on-line: recentemente, detectei em dois jornais impressos cópias de textos originalmente publicados na Web.

Recuero indica, por sinal, o site Plagiarism Detect, que varre a Internet em busca de cópias de frases e parágrafos inteiros.

Ladrões de palavras, tremei.