A internet não será um bom lugar para praticar o jornalismo até que existam controles editorais de qualidade.
O debate entre David Simon e Aaron Sorkin, roteiristas de séries e filmes de sucessos como The Wire ou A Rede Social, foi um dos pontos altos da semana passada em Cannes (a cidade francesa abrigou mais uma edição do festival de criação publicitária).
A conversa era sobre produção de conteúdo e, tenho de deixar claro, discordo da sentença que abre este texto, citada no papo.
Não existe lugar bom ou ruim para praticar o jornalismo, ele está posto, e em todas as fronteiras.
Simon (ex-jornalista) foi o mais crítico de todos à velocidade de ferramentas como o Twitter _hoje absolutamente dominados pelo jornalismo. Ele pediu mais critérios e profundidade.
É, aquele velho problema da superficialidade e rapidez. Mas jornais impressos têm o timing de 24 horas e estão forrados de erros e informação ligeira (também faço um e sei do que falo).
Talvez a maior curiosidade da conversa tenha sido Sorkin revelar que tinha ouvido falar do Facebook “como sabia sobre um carburador” antes de adaptar o roteiro que ganharia o Oscar.
Ah, e Piers Morgan absolutamente deslumbrado com o poder de drive de audiência (para a TV) que o microblog possui.