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O fim das entrevistas na portaria

joaquim_levy

Abro o jornal e me deparo com a seguinte notícia:

“O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, instruiu os seguranças do ministério a não permitir que repórteres, fotógrafos e cinegrafistas fiquem na portaria do prédio durante a sua chegada.”

Notícia?

Por que diabos isso deve ser comunicado ao público? Talvez para que ele saiba as condições precárias em que a notícia muitas vezes é obtida?

Entendo ainda que a determinação do ministro possa ser vista como um cerceamento ao exercício da profissão. Mas não é o caso, obviamente.

As relações entre fonte e jornalista precisam de algumas mínimas regulamentações de convivência. É salutar.

Os piores defeitos dos jornalistas

Circula na web uma lista com os 22 piores defeitos do jornalista.

Tem bobagens, mas bastante coisa pertinente…

Uma imagem para resumir como nossa profissão mudou


Eu gosto muito dessa foto. Para mim, representa como poucas como mudou, para nós jornalistas, essa profissão maravilhosa.

Hoje temos a companhia de pessoas _de todas as pessoas, a rigor_ que estão lá, como a gente, testemunhando e difundindo fatos. Isso é muito saudável, oxigenou nosso ofício.

O lado ruim dessa história: não tenho informação alguma sobre a imagem acima, que suponho ter sido tirada em 11 de setembro de 2001.

Alguém tem?

ATUALIZAÇÃO: O Thiago Araújo resolveu o mistério, trata-se da cobertura cidadão da explosão de um gasoduto em Manhattan, em 2007

Os patrões pagam roupas pra gente?

A crise na imprensa americana chegou à televisão e sua sempre admirada (por nós, profissionais) capacidade de manter imensos estoques de figurino para vestir repórteres e apresentadores.

A época de vacas magras é evidenciada por sites como o TV News Closet, uma loja virtual voltada para jornalistas. Oferece de gravatas a spencers, de ternos a bustiês.

Ou seja: cada vez menos as empresas jornalísticas querem investir em vestuário. O recado é claro: se vira, meu.

Houve um tempo em que até grandes jornais (na TV sempre foi mais comum) davam subsídio para sua equipe se vestir ou recuperar peças perdidas em coberturas, como certa vez ocorreu numa enchente com Jorge Araújo, o fotógrafo.

Naquela ocasião, Jorjão perdeu tênis, meias e calça jeans. Conseguiu reembolso posterior. Mas era Jorge Araújo, um dos maiores repórteres fotográficos do país.

Eu, foca e na mesma época, perdi tênis e par de meias e nem ousei pedir reembolso (trabalhava na mesma empresa). Ainda bem: ouviria palavrões e, com sorte, escaparia da demissão sumária.

Confesso que não sei a quantas anda no Brasil. As TVs ainda oferecerem figurinos? Os jornais bancam roupas perdidas no exercício da função?