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Narcoestado mexicano

A britânica Sky mergulhou na tragédia da guerra do narcotráfico no México e traz um dado impressionante numa série de reportagens: estima-se em 27 mil o número de desaparecidos no país em ações vinculadas à violência dos cartéis da droga.

Nossas matérias ainda são longas demais?

Outro dia contamos aqui que a quantidade de reportagens de mais de 2.000 palavras despencou 86% no Los Angeles Times.

Há, ainda, gente que considere isso pouco. Ou melhor, que aponte que persiste nos jornais a cultura da matéria longa.

O motivo, explica Alan Mutter, é que não usamos os complementos que a tecnologia nos deu, como infográficos e vídeos, para contar as histórias melhor e de maneira mais prática.

Faz sentido.

YouTube faz coletânea com os principais virais de 2010

Vocês sabem que, apesar de não estar (sempre) diretamente ligado a jornalismo, tenho muito interesse nos virais e na maneira como eles são distribuídos na rede. Analisar esse comportamento tem tomado, nos últimos anos, bastante tempo dos meus dias.

O YouTube (com o apoio da fabricante de dispositivos móveis HTC) decidiu colocar até o dia 31, a razão de um vídeo por dia, aqueles que considera os virais mais expressivos de 2010.

Vai lá que já são 4 os vídeos _e a contagem regressiva para o ano está rolando.

(Quem viu primeiro foi o Braimstorm9).

A arte da simplicidade

Um conjunto de trabalhos em novas narrativas jornalísticas que primam justamente  por essa característica tão importante nestes tempos de pirotecnia: a simplicidade.

Não perca.

Vídeos na web: a valorização do som ambiente

Uma transmissão de futebol em que você ouve apenas a torcida (tá, o locutor, de forma incidental).

Eu acho esse formato o mais adequado para a web on demand, quando todo mundo sabe o resultado do jogo e como foram os gols.

Descrever em texto lances relevantes basta. Em vídeo, basta botar o som ambiente, sem malas falando o óbvio.

É um diferencial na internet que parece evidente, mas pouco visto.

YouTube quer produzir primeiro longa-metragem gerado pelo usuário

O The New York Times já fez isso e o Flickr também, mas a proposta do YouTube (Life in a Day, ou “A Vida em um dia”) é bem mais auspiciosa: criar o primeiro longa-metragem do mundo produzido por usuários da web.

A ideia, claro, é que as pessoas usem a rede social de vídeos enviando trechos que, depois, serão editados pelos diretores de cinema Ridley Scott e Kevin Macdonald _daí a grandiosidade do projeto.

A data é 24 de julho. Registre um trecho da sua vida e participe.

O YouTube dá dinheiro?

É a pergunta do milhão: o YouTube dá dinheiro? Juan Varela, nesta belíssima análise, atesta que não. Com a ressalva de que os dados são, em boa medida, estimativas de um estudo, ele mostra que o site de compartilhamento de vídeos movimenta dinheiro compatível com uma rede de TV europeia (US$ 727 milhões).

Isso significa pouca coisa se lembrarmos que armazenar dados, como faz o Youtube, custa bem mais caro que operar uma emissora de TV comercial _ou você acha que banda nasce em árvores?

Só no ano passado, o Google perdeu quase US$ 500 milhões com o site de compartilhamento de vídeos, mas é promissor o acréscimo de usuários e de vídeos vistos, todos eles devidamente monetizados com publicidade.

Mesmo assim, o estudo prevê que serão necessários pelo menos oito anos de bons resultados para o Google recupere os US$ 1,65 bilhão que colocou no negócio.

O que é preciso para ser jornalista, a saga

Com Ana Estela (editora de Treinamento da Folha de S.Paulo), termina provisoriamente a série “O que é preciso para ser jornalista”, da qual orgulhosamente fui um dos pioneiros.

A série consiste de pílulas de jornalistas da Folha opinando, via de regra em menos de um minuto, sobre características que um jornalista precisa ter. O conjunto da obra é bem importante. Várias dicas legais.

O chato é que amanhã vou falar de novo do blog Novo em Folha, blog de verdade, criado pela Ana e tocado (principalmente) pela Cristina Moreno de Castro, aliás @kikacastro. Aí, fica parecendo marmelada…

A Cris ganhou uma pérola de presente. Mas amanhã eu ‘repercuto’.

A evolução da audiência do NYT no dia em que MJ morreu

25 de junho de 2009 entrou para a história da web, assim como 11 de setembro de 2001. É certamente um dos dias de maior acesso global à rede. Pudera: Michael Jackson morreu.

Um vídeo impressionante registra a evolução da audiência do The New York Times a partir do momento em que a notícia foi confirmada. Loucura.

Só faltaram os números da audiência, né? Podiam ser um counter como o que contava as horas…

Mas no conjunto da obra representa bem o que podemos fazer na web, e com simplicidade.

O cara que derrubou a mesa ao vivo

O jornalista Ney Gonçalves Dias despenca com uma mesa ao vivo, no pioneiro programa TV Mulher: sim, nós também falhamos

O jornalista Ney Gonçalves Dias despenca com uma mesa ao vivo, no pioneiro programa TV Mulher: sim, nós também falhamos

Sábado virou um pouco um dia do estranho, do bizarro e do inesperado no Webmanario _por sinal, essa deixa “estranho, bizarro, inesperado” era do programa Acredite se Quiser, exibido pela extinta TV Manchete nos anos 80.

Com o ator Jack Palance como anfitrião, a série exibia anomalias como comedores de bolas de sinuca e maridos de elefantas, mas também competentes reconstituições dos passos de personalidades históricas.

Na mesma época, eu também assistia (era um casa, a minha, cheia de seres humanos do sexo feminino) a TV Mulher, programa segmentado da Globo pioneiro na televisão brasileira.

A imagem daí de cima mostra um momento, que vi ao vivo, marcante para quem, já na época, queria ser jornalista: Ney Gonçalves Dias, que era justamente a voz mais jornalística do programa (se bem que Marília Gabriela ia bem, e Clodovil roubava a cena), simplesmente despencou com uma mesa em pleno ar.

Posso garantir que, quem via pela TV, ficou constrangido à máxima potência.

Foi quando percebi que nós, jornalistas, somos falíveis.

E como nossa imagem é nossa própria credibilidade.

Pra mim, Ney Gonçalves Dias virou o cara que derrubou a mesa ao vivo.