A sanha da criação de mashups (junção entre dados originados em softwares para dar origem a outro, com viés analítico) tem seus poréns. Ou será que vc nunca viu uma mapa do estado norte-americano da Geórgia onde deveria estar o do país homônimo numa nota da AP ou da Reuters?
Automatismos são benéficos, mas ao mesmo tempo podem ser catastróficos para o jornalismo. Lembrem-se do #completeog1, movimento de leitores que desmascarou o microblog do portal de notícias de Globo _ele tinha erro de programação e interrompia, frequentemente, os títulos enviados via Twitter.
A professora Amy Gahran, a dama da persuasão, conta uma história legal detectada pelo Los Angeles Times (que outro dia @tdoria veio me dizer que é “ruim” _conceito absolutamente pessoal e intransferível): um erro num mapa de criminalidade gerado automaticamente estava bombando crimes em regiões onde eles não haviam ocorrido.
O lance era o seguinte: o mashup criado pela LAPD (a polícia local), sempre que não identificava um endereço, jogava a ocorrência do crime para um ponto default do mapa, criando uma aberração estatística.
Serve para a gente ficar atento que não, os dados gerados automaticamente também não possuem confiabilidade até que possamos atestar que estão corretos. Ou seja: sempre haverá um ser humano por trás.
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