O jornalista perdeu o monopólio sobre a apuração/interpretação/difusão de notícias (por sinal, direito fundamental da pessoa). Hoje, os cidadãos têm acesso aos mesmos dispositivos tecnológicos que a mídia profissional. A era da publicação pessoal provocou um processo inescapável de conversação entre imprensa _antes o filtro universal dos acontecimentos_ e seu público.
Os conceitos condensados acima foram o tema das quase oito horas do curso “A Era da Conversação”, que ministrei à nova turma de trainees da editoria de Treinamento da Folha de S.Paulo.
Não será a única discussão do povo sobre o mundo digital e as mudanças que ele impôs ao exercício do jornalismo. Pelo contrário, esses focas passarão por treinamento multimídia, experimentarão novas plataformas e possibilidades de fazer bom jornalismo, ou seja, contar uma boa história.
Os slides da aula 1
Os slides da aula 2
Roteiro de links para acompanhar a apresentação
A bibliografia do curso
O jornal entende, neste momento, que nada melhor do que o trabalho de base para começar para valer um processo de integração de suas redações em papel e na web. Trabalho árduo que supõe conquistar, no menor prazo possível, a convergência de conteúdos.
Sim, conquistar, porque só se chega à convergência depois que compreendemos, individualmente, de que forma as múltiplas plataformas estão à nossa disposição para prestar um serviço mais eficiente ao leitor/usuário e seguir praticando bom jornalismo. É pensar como o seu produto (o texto que você acabou de escrever para um jornal impresso) pode ser complementado numa tela de telefone celular, num vídeo, num bate-papo na internet, numa enquete, numa lista de discussão.
No curso conversamos bastante sobre o microblog, grata surpresa jornalística em meio à enxurrada de ferramentas e sites de redes sociais. O Twitter, seu expoente máximo, foi convertido pelos usuários num espaço basicamente informacional, extrapolando o entendimento da pergunta “O que você está fazendo agora?” que convida, inocentemente, os internautas a prová-lo.
Finalmente, debatemos a facilidade de mobilização e vigilância que o público (o nosso público) adquiriu com o avanço tecnológico.
A cereja no bolo foi assistir a um fenômeno bem diante de nossos olhos: descoberto em sala de aula, o #completeog1 movimentou a sexta-feira da internet brasileira e teve como consequência uma reação quase imediata.
Era a ex-plateia nos lembrando que, agora, é ela que está no comando.