É emblemático: o jornalismo acaba de ganhar uma enciclopédia. Um enciclopédia mesmo, em papel _e bota papel nisso: são seis volumes, 3 mil páginas e 350 verbetes assinados por acadêmicos.
É como se eu voltasse ao tempo da Barsa e seus vendedores de porta em porta (eu vi, e negociei, com esses caras, hoje extintos).
“Várias editoras ainda investem em trabalhos multiautorais e multivolume considerando que edição e design cuidadoso permanece tendo valor mesmo na era eletrônica”, conta Christian Sterling, jornalista e professor da Universidade George Washington, nos EUA. Ele passou quatro anos debruçado nisso.
A pesada e espaçosa coleção sai agora, no final do mês, sob o selo da Sage. Preço: US$ 795, mas com a promoção de lançamento, custa módicos US$ 630.
Vale quanto pesa?
Não dá para deixar de pensar que, enquanto discutimos novos formatos jornalísticos e empacotamento otimizado para notícias no ambiente on-line, alguém aparece reunindo toda essa discussão numa coisa anacrônica como uma enciclopédia impressa.
Ao mesmo tempo, se a questão é só de plataformas, tanto faz.
Mas confesso que me choca ver essa barreira de livros que compõem a coleção.
Sterling avisa que a obra estará disponível on-line (onde enfim poderá ser consultada), mas não esclarece em que condições.
Vou me beliscar pra ter certeza de não estar sonhando.
Acho bacana, mesmo com esse valor!
Visto que hoje publicações eletrônicas também custam caro.
Haja visto o preço de assinatura de bases de dados pelas universidades com seus mais de 150000 periódicos online.
Mas como você mesmo disse: se é questão apenas de plataformas….
Abraços!
Acho que lançaram pensando no culto que o objeto terá pelos profissionais da área.
André,
Não acredito nisso não. Nem eu, que comprei enciclopédia de vendedor de rua, iria persistir no erro…
abs