Começou o “ou dá ou desce” no jornalismo impresso do hemisfério norte _por enquanto é só por lá, nossa sentença chegará em mais alguns anos.
O La Presse, “maior jornal em francês do continente americano” (como se isso fosse alguma coisa), apresentou à sua equipe o dilema: ou aceita aumento da jornada de trabalho e perda de benefícios ou o jornal fecha as portas em 1º de dezembro.
O corte de custos presumido pelo veículo para garantir sua sobrevivência é de US$ 11 milhões, incluídas aí ao menos 100 demissões num total de 700 funcionários.
No Brasil, este tipo de barganha não é possível, o que torna ainda mais criativa a tarefa de pensar como empresários e jornalistas negociarão num cenário de terra arrasada.
Desde Getúlio Vargas, não se pode rebaixar salários ou regatear o cumprimento de obrigações trabalhistas _conte nos dedos das mãos os países que dão essa salvaguarda.
Como nós somos eles amanhã, há de se pensar: faz sentido flexibilizar as leis que regem o contrato capital-trabalho, e dar uma chance à redução de danos do desemprego, ou o melhor é brigar por direitos consolidados?
O que você acha disso no Brasil?
Impraticável, do ponto de vista da lei.
Outro aspecto: o jornalista já é, em geral, muito mal remunerado. Se ainda por cima fizer concessões ao patronato, acaba de vez a profissão. No lugar de meus colegas canadenses, eu deixaria o jornal fechar. Quem é incompetente que arque com seu prejuízo.
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