Quem frequenta bancas de jornal?

Você frequenta bancas de jornais e revistas? Por quê?

A transição do modelo de negócios desse tipo de comércio vale um post inteiro.

Mas antes vamos debater o assunto…

33 Respostas para “Quem frequenta bancas de jornal?

  1. Sou viciado em bancas desde que me conheço por gente. Meu pai adorava parar comigo nas bancas da Assis Brasil pra comprar gibis usados (e, por tabela, irritar minha mãe um pouquinho). Quando comecei a andar sozinho na rua, lá pelos 10 anos, catei um guia telefônico antigo e marquei no mapa de Porto Alegre onde ficavam as bancas mais interessantes que eu conhecia e o que tinham. Porque cada banca tem seu jeito e seu mix. Há anos, e até hoje, não consigo passar reto na frente de uma banca. Gosto das extremamente sortidas, onde posso encontrar as revistas “Uncut” e “New Yorker” e o “Financial Times” do final de semana, até as banquinhas de esquina de bairro, onde está num canto como quem não quer nada um gibi ou revista que ignorei há meses (grata surpresa outro dia encontrar uma edição da revista “Acústico” com uma transcrição para violão de uma música do Whitesnake). Mas é lógico que eu sei que vender coisas de ler é cada vez menos um bom modelo de negócio no Brasil. Por isso é que algumas das melhores bancas viraram quase lojas de conveniência, oferecendo chocolates e DVDs e até bonecos articulados. Mas enfim: vício é vício.

    • Marcelo, é aí que eu queria chegar: a banca hoje subexiste com tudo aquilo que não é lido… Mas ainda é uma delícisa procurar alguma publicação perdida em suas prateleiras…

      abs

  2. Achados serendipitosos em bancas: uma edição especial da Realidade sobre a Amazônia, jogada como quem não quer nada atrás de revistas numa revistaria a uma quadra de casa (o cara ficou surpreso e vendeu por R$ 5), o número 4 da primeira série do Batman pela Abril, num canto de uma banca a duas quadras do shopping Praia de Belas (R$ 1) e dois ou três números da Status numa banca bagunçadona da Paulista (acabei não comprando, mas fiquei feliz de vê-los expostos próximos à BBB da vez).

  3. Eu frequento – e adoro! – bancas de jornais e revistas. Às vezes até brinco no twitter que “deixei minhas compras do supermercado na banca
    de revistas”, tamanho o gasto
    Apesar da infinidade de informação disponível na internet (e que acompanho via agregador de feeds), é nas bancas que passo algumas horas da semana escolhendo aquilo que vai ficar na mesa de centro da minha casa, para que os amigos leiam

  4. Eu freqüento e gosto bastante. É um lugar excelente para pescar novidades e comparar capas de jornais e revistas. É claro que isso é possível de fazer no mundo online mas, para mim, não é tão divertido quanto numa banca de jornal. Acho que existe o fator do imprevisto: você pode até descobrir uma revista que não conhecia e faz toda a diferença para mim.

    • Marcelo Martins, comparar capas de jornais e revistas é o máximo! Preciso fazer um post só com pessoas que façam isso.

      abs

  5. (*comentário anterior foi enviado incompleto)

    Eu frequento – e adoro! – bancas de jornais e revistas. Às vezes até brinco no twitter que “deixei minhas compras do supermercado na banca
    de revistas”, tamanho o gasto com estes produtos. Apesar da infinidade de informação disponível na internet (e que acompanho via agregador de feeds), é nas bancas que passo algumas horas da semana escolhendo aquilo que vai ficar na mesa de centro da minha casa, para que os amigos leiam, para que fique na minha biblioteca, etc. Como sou assinante de algumas revistas, tenho o hábito de comprar nas bancas publicações que não conhecia (de pouca circulação, de segmentos que me interessam) – descobrir textos, tipos de papel e impressão, projetos gráficos…É um vício muito agradável!

    • Larissa,

      Minha vida de criança tinha um divisor de águas: o sábado, quando ia ao centro de Sp com meu pai e visitava várias bancas… Tinha conta e encomendas nelas, algo que acompanhou minha vida. Ir numa banca hoje e comprar uma publicação qualquer, segmentada, como vc disse, é o máximo. Confesso: eu frequento banca até hoje!

      bjs

  6. Acho que é, ainda, a melhor forma de se informar para vagas de emprego. Inscrições pela Internet não estão sendo eficientes para mim… e buscas por aqui também não.
    Geralmente é para isso que eu compro um jornal, e só aos domingos.

  7. No Brasil, as bancas de jornal (melhor seria dizer bancas de informação, pois tem de tudo) não priorizam mais os jornais, que perderam status no quesito atrativo, aspecto que teoricamente é discutido em congressos, mas infelizmente não chegou ao ponto de venda.
    Os “pontos” de atenção precisariam ser repensados de outra forma. Curioso observar que pontos de web, mesmo sem qualquer atrativo na fachada, atrai e entretem muito mais as pessoas. Uma questão a ser considerada é o fator “estar de passagem” para ver algo que está parado e diz respeito à sua vida, que é extremamente dinâmica. Isso é só o começo!

    • William, exatamente: hoje no Brasil a banca virou um entreposto de tudo. Daí, é possível frequentá-la. Fosse apenas pelos jornais, imporssível…

      abs

      • Alec, certamente as bancas continuam existindo porque têm essa função que dizes. Eu mesmo tenho o telefone de todas as que estão em meu perímetro de moradia. Motivo: percebo que no quesito mangá, que tenho lido ultimamente, a distribuição é irregular e nada coerente. Para tanto, procuro fazer as compras estimulando a continuidade das entregas e mesmo para valorizar o local.
        Mas o que entendo ser mais importante é o fato delas não terem mais nenhum status. Duvido que os donos apreciam quem pára para ler os jornais! Estes o fazem e vão embora sem comprar. Outro detalhe está no fato de muitas serem lotadas de itens e muitos nem são manuseados, sendo devolvidos ao distribuidor.
        Na realidade, em São Paulo, dependendo onde está a banca, parar do lado de fora pode ser um convite à malandragem. Bancas do centro e de locais onde têm muitos trombadas é inadimissível parar para ler. Se estais tentando obter dados sobre este romântico hábito, creio que os terá, mas em cidades mais afastadas.

  8. Ainda frequento as bancas e levo minhas filhas (11 e 13) comigo. Mas é verdade que não compro mto. Assino os jornais e revistas de interesse direto, compro livros pela internet e, se vejo algum assunto relevante numa revista, acabo pesquisando sobre ele na web.

    Minhas filhas preferem comprar a assinar revistas. E gostam de escolher depois de folhear as opções de reportagem das diversas publicações teen.

    Mto interessante o tema. Aguardo o artigo.

    Difícil digitar sem óculos no celular, mas acho que deu pra entender:-) Rs

  9. Gosto muito de espiar as bancas de jornais e revistas. Aqui em Porto Alegre elas não são tão atrativas quanto às de São Paulo, mas é o que temos e não deixaria de saborear os momentos em que ali fico por nada neste mundo. Prá mim elas cumprem um pouco o papel de necessidade contato físico com a informação.

    • Jandira,

      Curti ‘contato físico com a informação’. Eu tenho essa necessidade…
      bjs

      • Pois é Alec, pelo jeito tem mta gente que sente esta necessidade. Bacana ver qtos comentários interessantes está rendendo este teu post, o que para mim sinaliza que não será tão fácil suprimir o papel das nossas vidas. bjs

  10. Opa, Alec,

    Bacana a proposta de debate. As bancas são meu tema de doutorado. Além da discussão sobre o modelo de negócios, quero explorar também a sociabilidade urbana nas bancas de jornal e, ainda, relacioná-las com as disputas históricas por liberdade de imprensa e de distribuição. Muito pano pra manga, sem dúvida. 🙂

  11. Já fui daquelas pessoas que vão até a banca de jornal todo santo dia e ficam mexendo e remexendo nas prateleiras. Hoje, não faço mais isso por falta de tempo. Mas sempre que posso, vou e me perco no meio das publicações, em busca de uma “perdida” no meio de tantas outras. Claro que tenho as minhas revistas preferidas, que leio todo mês, mas é tão legal voltar para casa com uma publicação nova. Ou com uma revista que publicou uma matéria exatamente sobre o assunto que você estava a fim de ler. Ou ainda melhor: aquela chamada de capa – ou uma folheada rápida – que faz você sentir vontade de ler uma matéria. Fora que, para mim, pelo menos, é realmente imprescindível esse “contato físico com a informação”. Espero que as bancas não acabem, apenas reinventem seus espaços.

    Beijo

  12. Sou rato de banca desde que me entendo por gente, costume que peguei da minha mãe. Nos tempos de colégio, sabia de cor o dia do lançamento dos gibis da Disney, e, um pouco mais velho, da Placar, da Bizz, da Superinteressante… e o hábito se manteve. A diferença é que hoje compro ainda mais coisas. Vez por outra eu faço uma faxina de revistas aqui no meu quarto. A pilha de coisa acumulada sempre é enorme. Por mais internauta/conectado que eu seja, não consigo viver sem revistas impressas. Se pudesse compraria ainda mais coisas do que costumo comprar… fora as assinaturas:)

    Pena que, aqui na área onde moro, simplesmente não exista mais nenhuma banca. Acabo indo nos quiosques de shopping, ou, quando estou na casa dos meus pais, aí sim vou numa banca tradicional, onde rola até feirão de troca de figurinhas.

    Mas respondendo ao tema do post, infelizmente banca virou um mini-mercado… mesmo nesses quiosques de shopping, que têm até uma variedade boa de títulos, o que o povo mais compra? Créditos pra celular, balas, chicletes, chocolates… uma vez conversando com a dona de um desses quiosques, ela me disse que o dia que vende mais revista ou jornal lá é sábado, especialmente depois do fim da tarde, quando saem as revistas semanais e os jornais de domingo, vendidos em combo (tipo Jornal do Commercio + Veja com 2 reais de desconto), etc. E fora isso, o que ainda vende muito é revista de artesanato/trabalhos manuais, e as adolescentes (Capricho, Todateen, Atrevida). E a dona ainda reclamou da concorrência do hipermercado que tem dentro do mesmo shopping, que tem uma seção enorme com as revistas mais vendidas (semanais, fofocas, receitas, alguma coisa de artesanato)…

    Finalizando, um site que talvez vc conheça, mas se não conhece, recomendo: http://www.dasbancas.com.br/. São uns malucos que resenham as revistas mais recentes das bancas, especialmente as masculinas ou de moda. Vale demais a pena.

    • Expedito,

      Pera aí, deixa eu ver se entendi: não tem banca de rua no seu bairro? Explique-se. Onde, como e pq.

      Quanto ao site: não conhecia, sensacional a dica!

      abs

      • Alec, nem no bairro onde moro (Caetés I, em Abreu e Lima, região metropolitana do Recife, um suburbão), nem onde meus pais moram (também na região metropolitana, mas num bairro mais rico chamado Piedade, em Jaboatão dos Guararapes), não tem uma banca de jornal convencional sequer. Perto da casa dos meus pais tinha até algum tempo uma banca que vendia revistas antigas, mas coisa nova mesmo, as opções mais próximas são um shopping e um supermercado que tem perto. Aqui pra mim, só indo pra shopping tb.

        A área que ainda concentra muitas bancas aqui, especialmente porque elas vendem livros preparatórios pra concursos, é o centro do Recife, especialmente na Avenida Guararapes. Essas, com graça divina, seguem vivas e bem.

      • E explicando uma última coisa: a banca que tem o feirão de trocas é perto, mas não tanto, da casa dos meus pais. Pra ir lá tenho que pegar o carro ou ir de ônibus.

  13. Alec, outro dia, passando pela banca ao lado do prédio que minha mãe mora, me chamou a atenção um cartaz exposto. A banca já estava fechada, e o cartaz estava grudado do lado de fora:
    “Campanha contra as assinaturas de jornal”. Pela sobrevivência das bancas.
    Achei curiosíssimo! rs

  14. Nada como parar numa banca para ver as novidades.Essa sede de internet faz com que muita gente deixe de viver de verdade e não observe por exemplo aquela gostosona que parou ao seu lado prá comprar uma revista de fofoca e etc…é importante dar um rolé…vamos viver….

  15. costumo comparar a leitura de uma revista pela internet como uma masturbação(nunca vai ser gostoso),e, a mesma revista na banca, a um sexo real, ao vivo, voce sente a energia ao folhear as paginas. Homens e mulheres(seres inteligentes) nunca deveriam se afastar de uma banca, ali esta o saber, a educação, o calor de dividir o seu tempo, a humildade de poder procurar por algo, descobrir o desconhecido, e até se emocionar dentro dela. Vai!!! Converse com o “seu” jornaleiro, assim… como voce conversa com o “seu “medico, com o “seu ” cabelereiro, com o jornaleiro voce tambem vai ter mais um amigo confiavel.

  16. guilherme jornaleiro

    sou proprietario de banca de jornais e revistas, e, quero parabenizar a todos pelo interesse nelas, realmente elas são …”deliciosas”, e viciam a gente com uma magia inexplicavel, passo o dia todo dentro de uma, e não enjoo nunca, tenho amigos de varias partes do brasil, e até do exterior que conheci em minha banca, sinto apenas pelo nosso povo não ter um acesso que deveria ter a cultura e leitura que uma banca pode oferecer a um cidadão, banca não é só ganhar dinheiro não, existe a magia dos nomes dos clientes, dos problemas das familias, das conversas politicas, das fofocas, isso não tem preço, só mesmo freqquentando uma, para poder sentir essa sensação unica, parabens a todos voces, e se por acaso estiverem passando por barra de são joão(RJ), proximo a rio das ostras, macaé, buzios, cabo frio, estarei lá para recebe-los com muito carinho( RODOVIA AMARAL PEIXOTO,S/Nº – ANEXO AO GINASIO POLIESPORTIVO DE BARRA DE SÃO JOÃO DISTRITO DE CASIMIRO DE ABREU – R.J.) . não venham comprar, venham me conhecer. abraços a todos…

    • Parabéns pela paixão em seu trabalho, Guilherme, e muito obrigado por ajudar a distribuir o conteúdo que fazemos tão arduamente!
      abs

  17. Eu sempre amei bancas de jornal pelo conteúdo, apesar de nunca ter tido influencia de ninguém. Agora finalmente realizei um sonho muito antigo de ter uma banca de jornal, só que agora eu estou do outro lado negocio, já não sou somente uma critica de bancas, e realmente hoje para a banca sobreviver ela precisa de outros atrativos, por isso se encontra de tudo um pouco numa banca. Mas eu gostaria de pedir para vocês, os verdadeiros amadores de banca, que me desse algum tipo de conselho, sugestão, dica, qualquer coisa que possa me ajudar a fazer a minha banquinha, que fica na Paula Freitas em Copacabana, poder se sustentar e não perder o charme das Bancas de Jornal. Obrigada

  18. wenderson furtado

    estou com o projeto de montar uma banca de revista mas com uma cara diferenciada do que é uma banca no dia de hoje, pretendo dá uma roupagem de livraria para a mesma quem quiser somar com essa ideia ficarei muito grato.
    wenderson furtado

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