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Quem é a Webma

SOBRE MIM
Ajudo marcas, governos e pessoas a se comunicarem melhor. Jornalista e professor, atuo na indústria de comunicação desde antes da Internet. Sou especialista em marketing político, público, corporativo e digital, relacionamento com públicos de interesse e gerenciamento de comunidades. Trabalhei nas principais redações a agências de comunicação do Brasil. Fui Head de Digital na Prefeitura de São Paulo e no Sport Club Corinthians Paulista. Sou sócio do CAMP (Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político). Coordenei cursos de pós-graduação na Faap, em SP. Hoje estou diretor-executivo de digital da Máquina CW, do Grupo BCW Brasil.

EXPERIÊNCIA
Lidero equipes multidisciplinares em projetos de comunicação político-públicos e privados. Atendi, como diretor de estratégia da FSB, políticos, governos e prefeituras de 20 Estados brasileiros. Participei em várias funções, desde coordenador a roteirista, de 18 campanhas eleitorais no Brasil e no exterior.

No jornalismo tradicional fui editor-adjunto de Política da Folha de S.Paulo, editor de Esportes de O Estado de S. Paulo, editor-executivo do Portal Terra, editor de mídia social e interação na TV Globo e editor-executivo de A Gazeta Esportiva, entre outras passagens por veículos relevantes.

Leciono a disciplina “Estratégia de comunicação corporativa e marketing político-público” no curso de pós-graduação “Comunicação e a Nova Ordem Informacional” na Faap, em São Paulo.

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Jornalismo visual em discussão e prática em São Paulo

Pelo quarto ano, profissionais que zelam pelas boas práticas de jornalismo visual (designers, jornalistas, infografistas, fotógrafos e ilustradores, entre outros) se encontrarão no Lide (Linguagem, Informação e Design Editorial).

Nomes como Alberto Cairo, Javier Errea, Francesco Franchi e João Pequeno (com quem tive o prazer de trabalhar no experimental Clube News, em 1997, distribuído em grandes clubes sociais de São Paulo) participarão das discussões e de um inédito workshop na Faculdade Casper Libero, que abriga o evento nos dias 4 e 5 de novembro.

Estaremos lá, aliás.

Reflexão na produção jornalística

Eu sou um homem de papel, mas há muito ligado ao on-line.

A diferença básica entre as plataformas é que, quando seu ciclo de notícias tem 24 horas, há tempo para juntar lé com cré, e hierarquizar melhor o conteúdo.

Em tempo real, é muito difícil fazer isso. Tarefa para alguns poucos gênios.

Daí me lembrei da TV e as lições que ela transmite. O entretenimento traz, embutido, muito do jornalismo que deveríamos fazer _em papel e on-line, depende aí o tempo que temos e o nível de nossa massa encefálica.

Como essa experiência de maio de 2006, quando o programa Fantástico, da Globo, preparou por seis meses o ator Osvaldo Mil para ser um falso vidente _que enganou muita gente na chamada “Operação Bola de Cristal”.

A série apresentada pela “revista eletrônica dominical” tem 40 minutos e foi, originalmente, exibida em quatro episódios de dez minutos cada.

Ali, o parapsicólogo Jayme Roitman e o mágico/ilusionista gaúcho Khronnus _com a narração de Cid Moreira_ expuseram as táticas que podem levar um picareta a convencer plateias (como de fato ocorreu) de seu inexistente poder paranormal.

Como as leituras fria (onde prevalece a observação do gestual e do vestuário) e quente (aqui vale vasculhar o lixo do cliente ou receber dicas que pessoas de seu entorno).

O programa mostra ainda como se constrói um pilantra: Angelo, o vidente criado por Mil, é treinado a ser verborrágico (maneira de dificultar a compreensão do que se diz) e adepto do espelhamento, outra estratégia de gurus que nada sabem sobre passado ou futuro _consiste em aproveitar brechas que as próprias pessoas dão ao fornecer, sem se dar conta, informações que depois serão usadas para iludi-las (a chamada falsa memória).

Tem muito mais coisa sensacional: técnica do arco-íris (quando se abarca tudo, quase em 360 graus, tornando a chance de erro mínima), o despacho do erro (“isso não é pra você”, suscitando a dúvida), a necessidade da cara fechada (vidente que ri muito não tem credibilidade).

Enfim, é uma aula de produção e jornalismo. Provar para as pessoas que elas podem ser facilmente enganadas é um baita serviço.

Quatro anos depois, enfim chegou a hora de citar esse excelente trabalho.