É mesmo surpreendente e curiosa a visão que as torcidas têm do trabalho jornalístico formal _ao mesmo tempo em que martelam na tecla de sua gradual irrelevância, o que, sob a luz da era da publicação pessoal, caminha para uma definição conceitual.
Carlos Fernández Liria, escritor e professor de Filosofia da Universidade Complutense de Madrid, mostra-se totalmente descido do muro ao comentar como a imprensa espanhola se comporta ao cobrir o movimento bolivariano, comandado por Hugo Chávez nas Américas.
“Na Europa há muita censura, a mídia só contrata jornalistas que digam o que lhes interessa”, afirma Fernández.
Claro exagero, mas que passa aquele recado: a internet ampliou a vigilância do público, e o trabalho jornalístico, provavelmente, é o mais auditado do mundo.
Merece até uma quantificação.