A queda de mais um ditador tendo o povo mobilizado nas ruas como ator principal suscitou outro pacote de análises sobre como a vida conectada e as redes sociais são imprescindíveis para o triunfo de rupturas desta envergadura.
Ao mesmo tempo, dezenas de analistas realçam coisas como “se a internet é mesmo tão poderosa, como explicar movimentos revolucionários e populares que se deram em épocas em que nem sequer havia telefones fixos?”.
Óbvio que Hosni Mubarak não caiu porque Mark Zuckerberg criou o Facebook _nem a internet inventou o protesto político.
Mudanças assim acontecem num país porque a sociedade, num longo processo de maturação que não caberia num tweet, passou a pensar de forma diferente.
Nesse contexto, as redes sociais e sua incontestável capacidade de mobilização e difusão de notícias são o ingrediente perfeito para catalisar e amplificar os anseios de um povo em ebulição.
Mubarak desligou a internet no Egito. Em vão: feita pelas pessoas, a rede só reproduz nossas atitudes. São elas que fazem revoluções.
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