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E viva o link externo!

Se começou matando a marca, em sua primeira semana de operação o Brasil Post (associação entre a Editora Abril e o Huffington Post) deu sinais de que manterá vivo provavelmente o viés mais libertário do projeto fundado nos EUA e espalhado pelo mundo por Arianna Huffington: o uso do link externo.

Tabu no Brasil (porque, afinal de contas, manda o usuário para um ambiente fora de seu produto), o link externo é tão democrático quanto absolutamente dentro do espírito imaginado por Tim Berners-Lee, o criador da linguagem web, de uma rede democrática, aberta e sem amarras.

Ao atuar como um agregador, é óbvio que o Brasil Post (insisto: de onde surgiu a ideia de matar a grife, meu deus) depende do link externo para sobreviver. Mas isso não é tão óbvio no Brasil, onde blog não tem hiperlink e via de regra é uma coluna eletrônica.

É triste que, em pleno 2014, comemoremos algo tão banal quanto o link externo. Não esqueço que quando Folha e Estadão trocaram links no Twitter (graças a esse que vos fala e ao solerte Rodrigo Martins, colega de velha data), lá no longínquo 2010, houve uma espécie de Terceira Guerra Mundial nas casamatas das duas empresas, concorrentes mas não inimigas.

Sinal de que, não parece, ainda engatinhamos nessa nova velha mídia.

Eles tentaram roubar a web

É dezembro de 1993, e o The New York Times anuncia ter descoberto o “mapa do tesouro” da era da informação: o browser Mosaic, desenvolvido pelo NCSA – laboratório de computação da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign (EUA).

Por algum momento, devido ao sucesso do software (o primeiro a compreender a necessidade de ser compatível com o máximo de equipamentos), o criador da web, Tim Berners-Lee, acreditou que sua invenção estivesse sendo rebatizada.

A matéria no NYT não deixava dúvidas: a web estava sendo chamada, genericamente, de Mosaic. A mídia tinha abraçado o termo e, melhor, o produto: enquanto a web era de origem europeia, o navegador era genuinamente ianque.

O NCSA ainda tentou atropelar o Cern, onde Berners-Lee trabalhava, ao sugerir que devesse capitanear os primeiros encontros da comunidade WWW.

No final das contas, o núcleo criador do Mosaic na NCSA foi contratado por uma empresa que criou o Netscape, navegador que se não foi cogitado como sinônimo de web, abriu as portas para muita gente conhecê-la.

É um grande pedacinho da história da rede.

A web morreu, sentencia a Wired

Aplicativos móveis e redes sociais são a nova world wide web, sentencia a revista Wired.

É uma discussão pertinente sobre as maneiras que acessamos conteúdo agora.

A navegação direta na rede pode ser substituída pelo uso de aplicativos que têm como base a recomendação social e a qualidade do acesso direto a várias funcionalidades _sem passar pelo revolucionário invento de Tim Berners-Lee.

O conteúdo continua na internet, mas está cada vez menos na web.

Juan Varela, que sabe bem mais do que eu, explica direitinho.

Universidade dos EUA segue sugestão de Tim Berners-Lee e cria curso para estudar a web

Este ano, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, Tim Berners-Lee (o pai da criança) exortou a necessidade da criação de uma disciplina acadêmica inter-relacionada basicamente com tecnologia, psicologia e antropologia para estudar a web.

Pois agora uma universidade americana anunciou a criação do curso, como nos explica Jeff Jarvis, professor da Universidade de Nova York.

Miniportal multimídia e convergente demonstra e testa o poder da web

A World Wide Web festejou no sábado 21 anos _sua maioridade, digamos.

Para não deixar passar a data em branco, vale recomendar o miniportal multimídia e convergente que a BBC preparou, não exatamente como um registro da data, mas para aproveitar o gancho.

Nele, todas as plataformas foram utilizadas (rádio, TV e internet) para contar, pelas próximas duas semanas, a incrível aventura que inscreveu definitivamente os nomes de Tim Berners-Lee e Robert Cailliau na história de humanidade.

Dá pra perder, fácil, algumas horas navegando pelas páginas do Superpower, o produto da BBC. Como a brilhante seção on/off, no qual uma comunidade nigeriana e duas famílias coreanas trocam de papel: uma ingressa na web pela primeira vez, enquanto as outras são obrigadas a viver sem a rede. O objetivo é medir, de uma forma prática, o poder da internet. Uma pauta (mais do que isso, uma experiência) realmente instigante, daquelas que dá vontade de copiar.

Ao mestre, com carinho

Você conhece o cara que inventou a Internet e que te permitiu estar agora, por exemplo, escaneando com os olhos essas mal-ajambradas linhas?

Ele é Tim Berners-Lee, 52 anos, a pessoa que vislumbrou o hyperlink, criou o navegador, desenhou as primeiras páginas da história da Web e, hoje, ganha a vida como profeta (seu livro é a Bíblia do assunto).

Saiba que desde sempre ele enxergou a rede como um lugar para fazermos exatamente isso: correlacionar conceitos, ligar idéias e pessoas.

Semana passada, em Pequim, ele disse coisas legais.

Quem sabe faz, quem não sabe… aplaude?