Interessante: a estrutura de conexão à internet na América Latina obedece, em grande medida, à rede usada pelo telégrafo no século 19.
É a modernização da comunicação.
Interessante: a estrutura de conexão à internet na América Latina obedece, em grande medida, à rede usada pelo telégrafo no século 19.
É a modernização da comunicação.
A nova edição da revista E-Compós, editada pela Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação, já está no ar.
A discussão é temática: o centenário de Marshal McLuhan. E o artigo “Telégrafo, Televisão e Twitter: da alteração de percepção em McLuhan ao processo de midiatização”, de Caroline Casali e Marco Bonito, salta aos olhos como uma discussão contemporânea – e que mal começou.
Publicado em Mural
Com a tag Caroline Casali, E-Compós, leituras sugeridas, Marco Bonito, Marshal McLuhan, telégrafo, televisão, twitter
A Associated Press levou, há 91 anos, um concorrente que cozinhava seu conteúdo aos tribunais nos EUA.
Cooperativa mantida por jornais, tvs e rádios do país, a AP se sentiu ameaçada em 1918 pela INS (International News Service), agência de notícias rival de propriedade do magnata William Randolph Hearst _quem inspirou o clássico Cidadão Kane.
A I Guerra Mundial se desenrolava na Europa, e a AP tinha a primazia sobre a informação (não era permitido à INS, que não possuía o carimbo de agência “confiável”, o acesso ao teatro de operações do conflito).
Fato é que a rival da AP conseguia cobrir a guerra por meio de uma sistemática que nunca foi devidamente explicada _aparentemente, emissários de Hearst obtiam simultaneamente, por meio de suborno, as reportagens da AP e, via telégrafo, as transmitiam para seus assinantes, devidamente reescritas.
A estratégia garantiu aos jornais que assinavam os serviços da INS vários furos, notadamente os da costa oeste dos Estados Unidos, quatro horas de fuso atrás de Nova York _e onde a adesão à AP era menor.
A decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos criou a “doutrina da notícia quente”, pela qual grandes grupos, como a AP, detinham o direito de legal de exclusividade sobre as coberturas em que seus concorrentes não conseguissem “apuração independente e checagem”.
Isso em 1918.
Agora, e pelo mesmo motivo, a NBA foi atrás de um site que exibia resultados de jogos da liga de basquete dos EUA em tempo real (sem credencial para acompanhar as partidas in loco), e agências de notícias como a mesma AP caçam agregadores de conteúdos e feeds.
Ainda em há, em alguns Estados americanos (a lei deixou de ser federal), a “doutrina da notícia quente”. É por meio dela que alguns grupos do mainstream têm caçado profissionais e, sobretudo, amadores.
Porém eles não fazem como a INS, que não citava a AP como fonte (despacho do juiz há 91 anos considerava que, houvesse a referência, o delito seria atenuado).
O que é um agregador de feeds senão uma vitrine explícita para o conteúdo ali exibido (uma coleção de links)?
Em tempo: até onde sei, a mais recente demanda judicial de empresonas contra bagrinhos é esta. Patético.