
O jornalista Ney Gonçalves Dias despenca com uma mesa ao vivo, no pioneiro programa TV Mulher: sim, nós também falhamos
Sábado virou um pouco um dia do estranho, do bizarro e do inesperado no Webmanario _por sinal, essa deixa “estranho, bizarro, inesperado” era do programa Acredite se Quiser, exibido pela extinta TV Manchete nos anos 80.
Com o ator Jack Palance como anfitrião, a série exibia anomalias como comedores de bolas de sinuca e maridos de elefantas, mas também competentes reconstituições dos passos de personalidades históricas.
Na mesma época, eu também assistia (era um casa, a minha, cheia de seres humanos do sexo feminino) a TV Mulher, programa segmentado da Globo pioneiro na televisão brasileira.
A imagem daí de cima mostra um momento, que vi ao vivo, marcante para quem, já na época, queria ser jornalista: Ney Gonçalves Dias, que era justamente a voz mais jornalística do programa (se bem que Marília Gabriela ia bem, e Clodovil roubava a cena), simplesmente despencou com uma mesa em pleno ar.
Posso garantir que, quem via pela TV, ficou constrangido à máxima potência.
Foi quando percebi que nós, jornalistas, somos falíveis.
E como nossa imagem é nossa própria credibilidade.
Pra mim, Ney Gonçalves Dias virou o cara que derrubou a mesa ao vivo.