
Essa poderia valer como discussão da velocidade versus qualidade no jornalismo on-line, mas na verdade atinge o jornalismo como um todo: a percepção de que um currículo gigante foi instalado num prédio em Campinas e, dias depois, a descoberta de que se tratava de uma ação de marketing de uma instituição de ensino.
A questão central aqui era: o currículo levava a crer que se tratava realmente de uma pessoa interessada em expor suas habilidades para conseguir uma possível oportunidade de emprego. No currículo constavam endereço e telefone do “pretendente”.
Daí me pergunto se era mesmo necessário publicar algo que não é notícia (pelo menos, não hardnews) sem a necessária checagem dos elementos _que neste caso inclusive iriam enriquecer ainda mais a reportagem, porque se alguém está atrás de emprego, provavelmente não teria como bancar uma publicidade daquele porte.
Bem, não houve tempo para nada: a falsa notícia foi ao ar, o que dá um ar de superioridade ainda maior para aqueles que bolaram a estratégia publicitária. Com a colaboração, mais uma vez, do jornalismo.