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Produção de vídeos na web

Uma coleção de dicas e links da professora Mindy McAdams sobre a produção de vídeos. Muita coisa estritamente técnica, como otimização de áudios. Desfrute.

O triunfo do smartphone

A previsão de que os smartphones iriam dominar o mundo até 2015 se concretizou bem antes disso. Só no Brasil, a venda desse tipo de aparelho cresceu 78% em 2012, um recado claro de tendência de produção de conteúdo.

Na comparação com o uso de PCs, o domínio é ainda mais devastador.

Se havia alguma alguma dúvida de para onde o jornalismo vai caminhar, esses dados escancaram a necessidade de se rever os planejamentos editoriais e, definitivamente, investir no mobile. Pensar em multimídia apenas em produção para websites, por mais incrível que pareça, é muito pouco.

E pensar que, em 1973, tudo começou com um aparelho que deveria ser “apenas” um telefone móvel…

Uma conversa sobre mídias digitais integradas

As apresentações de Michel Lent, por motivos óbvios, têm viés (e interesse) publicitário, mas não deixam de ser pertinentes para quem, como a gente, tem um cliente diferente _o consumidor de produtos noticiosos.

Nesta palestra, Lent fala sobre mídias digitais integradas, com foco na produção para a terceira tela, o celular (falando nisso, seriam os tablets a quarta tela?).

Um bom panorama do mercado brasileiro e a certeza de que o jornalismo precisa se dedicar com mais urgência a produzir para dispositivos móveis. Não estamos falando de futuro, mas de presente.

Uma nova geração de jornalistas

Lewis Dvorkin é um jornalista veterano com passagens, entre outras, pelas redações de NYT, Newsweek, AOL, The Wall Street Journal. Atualmente, ele chefia a produção on-line da Forbes.

Bem por isso suas palavras têm mais peso.

Ele disse fazer parte de uma nova geração de jornalistas, aqueles que criam e planejam conteúdo na era da internet.

Não é pouco, para quem conheceu o jornalismo antes da revolução tecnológica, admitir que prática e abordagem na profissão mudaram. É uma discussão que vamos manter bastante em 2011.

Reflexão na produção jornalística

Eu sou um homem de papel, mas há muito ligado ao on-line.

A diferença básica entre as plataformas é que, quando seu ciclo de notícias tem 24 horas, há tempo para juntar lé com cré, e hierarquizar melhor o conteúdo.

Em tempo real, é muito difícil fazer isso. Tarefa para alguns poucos gênios.

Daí me lembrei da TV e as lições que ela transmite. O entretenimento traz, embutido, muito do jornalismo que deveríamos fazer _em papel e on-line, depende aí o tempo que temos e o nível de nossa massa encefálica.

Como essa experiência de maio de 2006, quando o programa Fantástico, da Globo, preparou por seis meses o ator Osvaldo Mil para ser um falso vidente _que enganou muita gente na chamada “Operação Bola de Cristal”.

A série apresentada pela “revista eletrônica dominical” tem 40 minutos e foi, originalmente, exibida em quatro episódios de dez minutos cada.

Ali, o parapsicólogo Jayme Roitman e o mágico/ilusionista gaúcho Khronnus _com a narração de Cid Moreira_ expuseram as táticas que podem levar um picareta a convencer plateias (como de fato ocorreu) de seu inexistente poder paranormal.

Como as leituras fria (onde prevalece a observação do gestual e do vestuário) e quente (aqui vale vasculhar o lixo do cliente ou receber dicas que pessoas de seu entorno).

O programa mostra ainda como se constrói um pilantra: Angelo, o vidente criado por Mil, é treinado a ser verborrágico (maneira de dificultar a compreensão do que se diz) e adepto do espelhamento, outra estratégia de gurus que nada sabem sobre passado ou futuro _consiste em aproveitar brechas que as próprias pessoas dão ao fornecer, sem se dar conta, informações que depois serão usadas para iludi-las (a chamada falsa memória).

Tem muito mais coisa sensacional: técnica do arco-íris (quando se abarca tudo, quase em 360 graus, tornando a chance de erro mínima), o despacho do erro (“isso não é pra você”, suscitando a dúvida), a necessidade da cara fechada (vidente que ri muito não tem credibilidade).

Enfim, é uma aula de produção e jornalismo. Provar para as pessoas que elas podem ser facilmente enganadas é um baita serviço.

Quatro anos depois, enfim chegou a hora de citar esse excelente trabalho.