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O estado da mídia 2017

Saiu o State of the News Media, documento anual que desde 2004 o Pew Research entrega com um raio x da mídia nos Estados Unidos – ou seja, os números podem ser considerados uma espécie de “eu sou você amanhã” evia de regra acabam se replicando em outras partes do globo, exceções à parte (pensou em exceção, pense em Japão).

A pesquisa mostra que a circulação dos jornais (incluindo as versões digitais) recuou ao equivalente ao que se tirava no começo dos anos 50 – uma curiosidade: a revista O Cruzeiro vendia mais de um milhão de exemplares no Brasil nessa época, número superior ao da revista de maior circulação hoje.

Por óbvio, as notícias não estão mais só nos jornais, além de uma infinidade de opções concorrerem com o hábito de consumir notícias.

Em contrapartida, o estudo mostra avanço dos canais “allnews” (também um fenômeno brasileiro) e da TV fechada.

O estado da mídia

http://www.journalism.org/chart/digital-ad-revenue-continues-to-grow/iframe///

Para não dizer que não falei das flores, coloco aqui o State of News Media 2015, documento produzido pelo 14º ano consecutivo pelo Pew Research Center.

O gráfico acima mostra que, nos Estados Unidos, o investimento publicitário em digital segue em ascensão, ao mesmo tempo em que existe um campo ainda grande para avançar.

Deveríamos nos perguntar, ainda, até quando iremos nos escorar no modelo de publicidade que não tem nada de digital. É um parâmetro, mas não O parâmetro.

Redes sociais e análise política

Quanto mais as pessoas têm acesso à internet, mais elas o fazem com o objetivo de utilizar sites de rede social. É o que mostra levantamento do Pew Research Center.

Este estudo sobre o uso das redes, por sinal, é bastante completo e lança um olhar específico sobre o compartilhamento de opinião e análise política no mundo árabe. Imperdível.

Portas fechadas, um padrão em redes sociais

A maioria dos perfis no Facebook não é público, mas fechado a grupos de amigos. É o que diz o Pew Research Center num trabalho divulgado na sexta-feira.

Não chega a ser propriamente uma novidade, mas sua quantificação (o cadeado da privacidade chega a 60% dos perfis entre pessoas de 30 a 49 anos) nos dá uma noção exata de quem é mais “aberto” à vida em rede social – sujeita à intervenção de pessoas que nada têm ver com as relações físicas.

Dispositivos móveis nos EUA, uma questão racial

Estudo do Pew Research Center sobre o uso de telefones celulares nos Estados Unidos aponta diferenças raciais na manipulação dos dispositivos móveis.

Quer dizer, brancos, negros e latinos usam o equipamento de forma diferente, os dois últimos grupos especialmente para entretenimento _e menos para ler notícias.

Isso, pra mim, é uma novidade. E se discute uma maneira de criar produtos especiais para esse público.

Latinos, por exemplos, costumam aparecer no noticiário como protagonistas de matérias de imigração ilegal (ou, no máximo, nas páginas de variedades, com Jennifer López).

Quanto aos negros, eles são foco de apenas 1,9% da cobertura noticiosa nos EUA (esse dado é de Kenneth Maxwell).

Integrar esse público é também outro desafio do jornalismo em novas plataformas.

Como as pessoas navegam em sites noticiosos nos EUA

O Facebook está emergindo como grande drive de audiência (ao mesmo tempo em que o Twitter declina), botões de compartilhamento de conteúdo funcionam mesmo e a quantidade de usuários fiéis (que retornam mais de 10 vezes num único mês) pode variar entre 1% e 18%.

Essas são algumas descobertas de estudo do Pew Research Center, que avaliou os hábitos de navegação dos usuários de 25 sites de notícias nos EUA.

Não serve como tábula rasa (até pelo caráter americanocentrista), mas dá alguma ideia de como as coisas funcionam.

Leitores acham jornais irrelevantes nos EUA

Esse dado detectado em pesquisa do The Pew Research Center é revelador: só 43% dos americanos acham que o fim do jornal em sua cidade teria impacto cívico na comunidade.

Ou seja, são os próprios leitores que estão dizendo que os jornais são irrelevantes Ou, pelo menos, que não cumprem o papel que deles se esperava).

E agora? 

(via @agranado)

E-mail é coisa de velho

A constatação do título acima é, na minha opinião, a mais importante de uma recente pesquisa do Pew Research Center sobre os hábitos do internauta americano.

A decadência do e-mail entre os adolescentes dos EUA é flagrante. Em 2004, 89% deles usavam o correio eletrônico com frequência. Hoje, esse número caiu para 73%.

Enquanto isso, 74% dos usuários de 64 anos ou mais usam a ferramenta _é a atividade on-line mais popular entre eles.

Alguém já disse que o e-mail, hoje, está para a Internet como carta esteve para a Web na ocasião de seu surgimento. Além disso, supõe textos mais longos. As redes sociais e suas conexões diretas estariam, de certa forma, canibalizando aquele que já foi um símbolo da rede.