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Em 2012, leitores serão tratados como consumidores

Clay Shirky, uma dos analistas mais importantes da era da publicação pessoal e mobilização, agora escreve sobre a possibilidade deste 2012 (que já entra em seu segundo mês…) marcar definitivamente o momento em que os jornais impressos passarão a tratar todo o seu conteúdo como produto, e todos os seus leitores como consumidores.

Como se trata de um mercado que deixou de ser de massa, a estratégia aqui passa por políticas de recompensa de leitores fiéis – aqueles que não abrem mão do produto jornal.

Não deixe de ler.

Passado, presente e futuro do Twitter

Álvaro Pereira Júnior escreveu há poucos dias uma pensata bacana sobre passado, presente e futuro do Twitter _uma das ideias mais geniais de nosso tempo, mas que possui a indescolável característica de não se consolidar como negócio sustentável.

Primeiro, o que significa “bombar no Twitter”? Não estaríamos dando demasiada importância a um mundinho minúsculo?

Talvez. Álvaro recorre a números apresentados pela revista New York para concluir que a ferramenta abriga “uma elite superconectada” que “fala sobre si e para si, enquanto o que se poderia chamar de lumpesinato digital apenas observa o movimento”.

A New York relata que dos 175 milhões de perfis autodeclarados pelo site lançado oficialmente em outubro de 2006, só 50 milhões são ativos _e destes, apenas 20 mil publicam o conteúdo que realmente repercute.

“Celebridades buscam mostrar uma face humana. Desconhecidos hábeis com as palavras se transformam em heróis cheios de seguidores. Nerds inexpressivos se reinventam como “pundits”, comentaristas prontos a emitir sentenças sobre qualquer assunto. Tímidos que passaram a vida sendo zoados viram garanhões on-line.

Tudo isso é verdade. Mas observar, da arquibancada, o que se passa ali virou quase obrigação para nós, jornalistas. Estamos diante de um espaço público de manifestação, talvez o maior já visto.

Álvaro conclui seu texto mencionando a possibilidade (absolutamente verdadeira, já que a fila da web sempre anda) de o Twitter vir a ser substituído por “alguma plataforma mais sexy, mais atraente, mais moderna. Quem sabe, mais real”.

O “mais real” questiono: nada mais vida em carne e osso do que uma minoria que dita moda e conduz o gado. Neste aspecto, o Twitter parece reproduzir em boa medida o que rola fora dele.

Uma pensata sobre novas narrativas na web

James Breiner faz uma oportuna, relevante (e longa) pensata sobre as novas narrativas jornalísticas na web.

Algumas considerações são básicas, como a facilidade que narrativas não lineares introduzem à leitura on-line _o que significa que fugir da ditadura do texto não é apenas uma decisão jornalística, mas também de usabilidade.

O principal do texto, pra mim, é o realce a uma opção básica: escolher o formato adequado para o veículo certo. Não somos todos obrigados a adotar todas as novidades do novo mundo na rede, mas conhecê-los e aplicá-los onde de direito, isso sim, é nosso dever.

 

Qual a melhor profissão do mundo?

Para Gabriel García Márquez, é o jornalismo.

Impossível não concordar.