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Pela primeira vez, Facebook supera Orkut em buscas no Google no Brasil

Muito interessante: o Facebook superou o Orkut, em alguns dias de outubro, como o termo de pesquisa mais comum no Google.

É a primeira vez que isso acontece _exatamente no momento em que o site de Mark Zuckerberg caminha para consolidar sua inevitável virada sobre a rede social que (ainda) só resiste no Brasil.

Após tomar a dianteira numa das métricas (o número de usuários únicos), o Facebook (atualmente com quase 31 milhões de contas de brasileiros) está a um passo de superar os 35 milhões de conterrâneos que confiaram sua vida particular ao invento do turco Orkut Büyükkökten.

Em tempo médio de uso, principal moeda de troca da web hoje, essa virada já aconteceu há muito tempo _aliás, é o dado mais extraordinário sobre o FB: a quantidade de tempo que as pessoas passam dentro dele (na verdade, já se tornou uma página que fica aberta para sempre numa de suas abas de navegação).

O dado inicial deste texto revela outra coisa interessante sobre os hábitos de navegação dos usuários brasileiros: o desconhecimento de algumas funcionalidades dos browsers, como a possibilidade de colecionar URLs frequentemente visitadas.

Mas isso é tema para outro post.

Facebook busca ‘segunda virada’ sobre o Orkut

A inevitável ultrapassagem do Facebook sobre o Orkut no Brasil foi antecipada pelos números que levam em conta os usuários únicos (30,9 milhões, contra 29 milhões), divulgados pelo Ibope.

Haverá ainda um segundo momento: quando o site de Mark Zuckerberg tiver mais usuários cadastrados. Na verdade, esta sempre foi a conta que prevaleceu nas discussões sobre o tamanho das redes sociais. Pode ser polêmico, por não contar o uso efetivo da ferramenta, mas são assim as coisas.

Por ora, com 35 milhões de perfis de brasileiros, o Orkut segue à frente do rival, que deverá bater em 25 milhões de contas nacionais em setembro.

A “segunda virada” é questão de tempo.

Eleição no Brasil reabilitou o e-mail, diz empresa americana

O relato do trabalho da Blue State Digital na campanha de Dilma Rousseff, revelado por Fernando Rodrigues, tem um ponto que é sensacional _e que, se verdadeiro, derruba um paradigma recente de uso de ferramentas digitais.

Lá pelas tantas, a empresa que ajudou Barack Obama a se eleger em 2008 conta que, nessa incursão em eleições brasileiras, “ao se conectar a mais de 1 milhão de pessoas, o programa de e-mail produziu mais tráfego [audiência] do que o Twitter, Facebook e Orkut [da campanha] combinados”.

É uma informação que vai de encontro a tudo o que se anda escrevendo, analisando e levantando sobre o uso do correio eletrônico.

Ora, se numa ação específica durante seis meses foi possível atrair mais gente a um site usando o velho conceito de newsletter do que agregando pessoas em redes sociais, está seriamente em xeque a afirmação de que caiu assustadoramente o uso do e-mail, objeto de pensatas ponderando que a ferramenta foi abandonada pelo público jovem em detrimento, justamente, da vida conectada em tempo real nas mídias sociais.

Cabe observar esse fenômeno com muito mais atenção a partir de agora.

Se for isso mesmo, não só o mail, como a newsletter, estão plenamente reabilitados.

A penetração global das redes sociais

Faltou publicar, aqui, o mapa com a evolução da penetração de vários sites de redes sociais de junho de 2009 a dezembro deste ano.

Interessante que Rússia, China e Brasil, uma fatia de mais de 600 milhões de usuários de internet, ainda não tenham se rendido ao fenômeno Facebook.

Note como, no país do leste europeu (e só lá), a dominação é do Kontakte, casos da China (Q Zone) e Brasil (Orkut).

Facebook avança na terra do Orkut

Raquel Recuero detecta, no Brasil, a ocorrência do fenômeno que levou o Facebook a superar o Orkut na Índia (ainda hoje um dos maiores mercados do site de rede social número um no Brasil).

Vale a pena dar uma lida.

Mais conversas sobre a publicação pessoal

Na sexta-feira encerrei mais um pequeno curso (uma conversa, na verdade) sobre a era da publicação pessoal para a 48ª turma de trainees da Folha de S.Paulo.

É um pessoal que me pareceu bastante ciente sobre os novos desafios que a tecnologia impôs à profissão.

Os slides da aula (agradecimento especial ao amigo Sérgio Lüdtke)

O roteiro de links

Depois de uma sessão mais teórica, na semana passada, desta vez nos agarramos a exemplos (bons e ruins) de conversação e abertura para participação do público no mainstream.

Delícia lembrar o dia em que a ex-plateia, revoltada com o descaso e a ineficiência do veículo que acompanhavam, deu o troco e fez uma grande organização pagar muito caro.

Ou ainda perceber que, na lógica das redes sociais, as pessoas vêm sempre antes das instituições (algo que já virou um corolário, né?).

Mais: que o Twitter, diferentemente de todas as outras mídias sociais, não é construído com base em relações de afetividade e amizade. Todo o oposto: seu inimigo pode estar seguindo você.

Enfim, temos muito a aprender.

Entendendo o ‘RT’: a distribuição de notícias nas redes sociais

O uso informacional das redes sociais (que a mídia parece ter descoberto só agora, e só com o Twitter, depois que foi atropelada e “furada” por personagens do noticiário) é um dos aspectos mais importantes de mudanças no exercício do jornalismo precipitadas pelo avanço tecnológico.

Raquel Recuero, pesquisadora brasileira mais plugada nessas modificações, traça uma ótima relação de hipóteses sobre a propagação de informação via sites desde Orkut/Facebook até o próprio messenger, sistema limitado porém eficiente de distribuição de informação.

Para jornalistas e empresas jornalísticas pensarem um pouco mais sobre a qualidade de sua atuação on-line.

Lembrando, como eu digo sempre, que uma coisa é presença, outra é atuação. Não basta criar perfis (muito menos alimentados por feeds), há que se gerenciar comunidades.

Política via teclado

A última edição da Wired (aquela revista maluca referência na Web e que em papel tem um design pra lá de arrojado, do tipo ame-o ou deixe-o) conta em detalhes uma história cujo moral você já imagina: turbinado pelo poder mobilizador das redes sociais, alguém fez alguma coisa acontecer.

O alguém em questão é o ativista político egípcio Ahmed Daher, 27, engenheiro civil de profissão. Milita partidariamente desde a vida off-line, sempre contra a Situação _o Egito é governado pelo mesmo mandatário, Hosni Mubarak, desde que Daher nasceu.

Ligado ao partido El-Ghad, o mais estruturado opositor do militar Mubarak, Daher utilizou o Facebook (rede social de quem volta e meia o Orkut, um de seus concorrentes menos expressivos, copia utilitários) para organizar um protesto pacífico no Cairo.

Em questão de dias, arregimentou mais de 70 mil pessoas para sua comunidade no site de relacionamento, foi perseguido, ameaçado e preso. A manifestação (e sua mensagem por democracia no país africano) foi um sucesso. O mensageiro, definitivamente, ajudou.

Revista ‘atualiza’ reportagem de 2005

Interessante exercício fez a revista Business Week, que decidiu agora revisitar uma reportagem de capa de 2005 (“Os blogs vão mudar o seu negócio”). Constatação: não são apenas os blogs, mas as redes sociais _como Orkut, Facebook, You Tube e também os blogs_ que estão mudando a vida das empresas.

O veredicto é que as companhias estão perdendo o controle não apenas sobre seus funcionários (que usam a Internet para distribuir informações), mas também sobre os consumidores, que agora têm um poder muito maior de organização e, por causa disso, voz ativa nas corporações.