De novo, o atento António Granado descobre um texto bem legal sobre o que o avanço tecnológico está fazendo com o jornalismo.
No caso, Lisa Williams, do blog Idea Lab, escreve sobre as dez coisas que um jornalista deve saber para sobreviver na selva da inovação. Achei todas bem válidas. É importante ressaltar que o jornalismo está se transformando numa carreira tecnológica. Daqui a pouco teremos espaços de coworking em redações, e o trabalho em casa será incentivado.
Abaixo, um resumo com pitadas minhas na conversa.
1) A indústria da tecnologia vive de altos e baixos: não se empolgue com o desempenho positivo de algumas empresas. Se a economia for mal, o dinheiro _e os empregos_ irão sumir;
2) Empregos são temporários. Amigos são para sempre: tudo é reciclável na rede. Seu chefe de hoje poderá ser seu funcionário de amanhã. A tecnologia, nas palavras de Lisa, “oferece a possibilidade de reencarnar sem se ter morrido”;
3) Ninguém tem as qualificações certas: idéias novas estão sendo testadas em redes sociais, sites pessoais e blogs. São esses novos valores que as grandes companhias querem agregar. Suas habilidades pessoais são cada vez mais relevantes. Assim como, se parar de evoluir, você será substituído por alguém mais criativo;
4) A lealdade a uma empresa é obsoleta: pense em projetos, não em postos de emprego numa empresa. Projetos interessantes são bem melhores do que companhias interessantes. Casar com uma firma, positivamente, é coisa do passado;
5) O tempo está ao seu lado, mas desde que você o use a seu favor: de nada adianta desperdiçar energia e horas de trabalho em soluções que terão pouca visibilidade ou utilidade na Internet. Já o contrário é a típica resposta de US$ 1 milhão;
6) Nada como destruir coisas: os fantásticos acertos tecnológicos só foram possíveis porque erros bisonhos estiveram por trás deles. Erre, erre e erre para, então, acertar. É a lógica também na web;
7) Leia o manual: sim, a tecnologia tem um lado burro e tudo costuma ser muito fácil de manipular. Numa era em que exigimos que repórteres filmem, gravem, apurem, escrevam, ler os manuais (seja de aparelhos, sejam tutorais de sites) é mais do que obrigatório;
8) Escreva o manual: serve pra tudo, desde ajudar seu leitor a utilizar seções de seu site até padronizar esquemas de trabalho. Estamos na era da documentação: não registrou, dançou;
9) Polivalência: saber “tudo sobre alguma coisa” é uma habilidade sempre premiada na Internet. Quanto mais assuntos você dominar e coisas souber fazer, melhor;
10) Faça o preço do seu produto ser zero: essa é a bola da vez da Internet, como preconiza o editor-chefe da Wired, Chris Anderson. Cobrar por conteúdo não está na agenda da web, pode ter certeza.
Este texto do IDGNow complementa nossa conversa e apresenta um novo profissional nascido com a web 2.0: o mediador de mídias sociais.